FONTE: Amanda Palma e Rafael Rodrigues (mais@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
O intuito é
impedir que grupos cheguem às ruas com artefatos como barras de ferro e
coquetéis Molotov.
Para organizar o esquema de segurança da Copa do Mundo em
Salvador, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) teve de se preocupar
com um elemento a mais: as manifestações contra o Mundial, que ano passado
geraram dor de cabeça para o governo e seus parceiros na organização da Copa
das Confederações.
Com os atos de vandalismo em meio aos protestos, um grupo
de inteligência da SSP, que terá a missão de evitar ações de grandes
proporções, tem se dedicado a acompanhar a organização de manifestações para a
Copa na capital baiana e, caso haja excessos, não descarta pedir a prisão de
quem estiver à frente de grupos que promovem a desordem.
Identificados.
Alguns grupos já foram identificados pela pasta, segundo o titular da SSP, Maurício Barbosa. “Estamos acompanhando alguns grupos que estão com o intuito de promover a desordem e praticar crimes”. Segundo ele, o monitoramento não é apenas de grupos de cunho ideológico, mas também de “grupos criminosos, que se aproveitam deste clima (de revolta) para poder praticar crimes, atentar contra a vida das pessoas que estão lá para se manifestar”.
Alguns grupos já foram identificados pela pasta, segundo o titular da SSP, Maurício Barbosa. “Estamos acompanhando alguns grupos que estão com o intuito de promover a desordem e praticar crimes”. Segundo ele, o monitoramento não é apenas de grupos de cunho ideológico, mas também de “grupos criminosos, que se aproveitam deste clima (de revolta) para poder praticar crimes, atentar contra a vida das pessoas que estão lá para se manifestar”.

O estudo tem sido feito em parceria com outros órgãos de
segurança do país. “Temos seguido um protocolo nacional, que vai desde a
negociação, identificação das pessoas que estão ali possivelmente para trazer
algum dano ao patrimônio e até a ameaça à integridade física de quem estiver
exercendo seu direito de manifestação”, completa Barbosa.
Ele afirma ainda que haverá um empenho para proteger quem
vai se manifestar pacificamente. “Reforçamos a atividade de inteligência,
monitoramento das atividades de grupos que não vão para se manifestar, mas para
praticar vandalismo, para neutralizar essas pessoas, fazer com que quem quiser
se manifestar, se manifeste até em segurança”.
Prisão.
A depender das ações planejadas, o governo já estuda intervir de maneira mais forte antes da Copa do Mundo e acionar a Justiça. “Caso haja a necessidade de acionar o poder Judiciário, vamos fazer isso, para que essas pessoas sejam contidas com os meios que a lei permite, como a prisão, a busca e a apreensão”, diz.
A depender das ações planejadas, o governo já estuda intervir de maneira mais forte antes da Copa do Mundo e acionar a Justiça. “Caso haja a necessidade de acionar o poder Judiciário, vamos fazer isso, para que essas pessoas sejam contidas com os meios que a lei permite, como a prisão, a busca e a apreensão”, diz.
O intuito é impedir que grupos cheguem às ruas com
artefatos como barras de ferro e coquetéis Molotov.
Barbosa garante que a tropa está sendo treinada para
evitar o uso excessivo da força, como aconteceu nos protestos de junho de 2013,
ocasião em que até os profissionais da imprensa viraram alvo dos
policiais.
“Nós aperfeiçoamos muito nossas práticas. Estamos
evitando ao máximo que o policial, que faz o policiamento normal, faça o
atendimento primário nas manifestações e estamos criando patrulhas
especializadas neste tipo de abordagem”, adianta.
O secretário garante, também, que não vai permitir que os
policiais sejam vítimas de violência. “Não quero ninguém machucado, mas não
posso admitir que um policial meu seja vítima de violência. Meu, que eu digo,
nosso”.
Sem resposta.
A reportagem tentou entrar em contato com alguns grupos autointitulados black blocs da Bahia, pelo site de relacionamentos Facebook — rede social mais utilizada para a mobilização dos seguidores. No entanto, nenhum dos perfis, que ainda permanecem ativos, respondeu aos questionamentos até o fechamento da reportagem.
A reportagem tentou entrar em contato com alguns grupos autointitulados black blocs da Bahia, pelo site de relacionamentos Facebook — rede social mais utilizada para a mobilização dos seguidores. No entanto, nenhum dos perfis, que ainda permanecem ativos, respondeu aos questionamentos até o fechamento da reportagem.
Polícia entra em campo com 5 mil homens.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, cerca de 5 mil homens, das polícias Civil e Militar, farão a segurança da Copa do Mundo na Bahia, com o auxílio de forças federais e municipais. O esquema que pretende garantir a paz durante o Mundial será parecido com o aplicado na Copa das Confederações, ano passado, já que o perímetro estabelecido será o mesmo: dois quilômetros.
De acordo com o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, cerca de 5 mil homens, das polícias Civil e Militar, farão a segurança da Copa do Mundo na Bahia, com o auxílio de forças federais e municipais. O esquema que pretende garantir a paz durante o Mundial será parecido com o aplicado na Copa das Confederações, ano passado, já que o perímetro estabelecido será o mesmo: dois quilômetros.
Os agentes atuarão em pontos estratégicos como o entorno
da Arena Fonte Nova, o aeroporto, a rodoviária, portos, zona hoteleira e pontos
turísticos, além de rodovias estaduais e federais. Além dos 5 mil homens que
estarão sob orientação da SSP, haverá o apoio da Polícia Federal, que vai atuar
com 460 agentes durante os jogos, com a chamada “segurança aproximada”. Segundo
o delegado federal Fernando Berbert de Castro, as polícias vão trabalhar juntas
em ações como vistorias antibomba nos locais de competição e hospedagem.
O delegado afirma que a atuação integrada, que também
aconteceu na Copa das Confederações, sofreu ajustes para a Copa. “Houve um
processo de reavaliação do conceito. Claro, a operação vai sendo ajustada. É um
reajuste mais de uma atuação integrada de diversas áreas, como o trabalho em
conjunto com a PM. O serviço vai ficando mais organizado”, explica.
Segundo Berbert de Castro, a segurança deve ser encerrada
progressivamente, conforme o desenrolar dos jogos. “A equipe de segurança
aproximada fica até a saída das seleções. As demais serão encerradas após o
último jogo aqui em Salvador”, conta. Já a operação nos portos e aeroportos só
será finalizada quando a Copa terminar, oficialmente.
A Polícia Federal também fará a segurança dos chefes de
Estado que solicitarem reforço na segurança durante a estadia na Bahia, entre
junho e julho próximos. O pedido deve ser encaminhado ao Ministério das
Relações Exteriores. Além disso, membros da Fifa também vão ser escoltados
pelos agentes federais.
Guarda Municipal tem 926 homens.
Munidos de pistolas, espingardas, armas de choque e sprays de pimenta, a Guarda Municipal terá papel auxiliar, mas não menos importante, na segurança da Copa do Mundo em Salvador. Segundo a assessoria do órgão, o planejamento já está praticamente pronto — dividido em cinco “fases” —, com 926 agentes à disposição do governo, Fifa e secretarias municipais para garantir, principalmente, a execução dos serviços públicos, fiscalização das marcas e suporte na segurança — apenas no entorno do estádio serão 320 guardas.
Munidos de pistolas, espingardas, armas de choque e sprays de pimenta, a Guarda Municipal terá papel auxiliar, mas não menos importante, na segurança da Copa do Mundo em Salvador. Segundo a assessoria do órgão, o planejamento já está praticamente pronto — dividido em cinco “fases” —, com 926 agentes à disposição do governo, Fifa e secretarias municipais para garantir, principalmente, a execução dos serviços públicos, fiscalização das marcas e suporte na segurança — apenas no entorno do estádio serão 320 guardas.
Eles darão apoio em toda a cidade aos agentes da
Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Sucom, Ordem Pública (Semop), além da
Transalvador. Para a Fan Fest, ainda sem local definido, 76 guardas serão
destacados. Estão previstos ainda auxílio no Carnaval da Copa e ocupação dos
pontos turísticos. A Operação Copa vai começar em 23 de maio e só terminará em
19 de julho.
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