FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Muitos pais e mães
têm recusado vacinar seus filhos devido a um suposto risco de desenvolver
autismo depois da vacinação. No entanto, de acordo com um estudo da
Universidade de Sydney, não há conexão entre as vacinas e o autismo em
crianças.
A primeira revisão
sistemática de estudos internacionais foi realizada pelos pesquisadores da
universidade que pegaram dados de mais de um milhão de crianças de cinco
estudos. Os resultados foram publicados na revista Vaccine.
Os cientistas que
encontraram dados estatísticos que comprovem uma conexão entre as vacinas mais
tomadas, como sarampo, caxumba, rubéola, difteria, tétano e coqueluche, com o
desenvolvimento de distúrbios do autismo.
Segundo o professor
associado da Faculdade de Medicina de Sydney Guy Eslick, essas vacinas foram as
que mais foram boicotadas pelos grupos anti-vacinação. "A crescente
conscientização dos casos de autismo e a suposta ligação entre a vacinação
infantil tem levado a um aumento da desconfiança dos pais que os benefícios da
vacina superam os riscos potenciais e a oportunidade de ressurgimento da
doença", afirma Eslick.
Segundo Eslick, a
atitude de parar de vacinar as crianças tem se tornado um grande problema de
saúde pública, pois o número de doenças imunoprevisíveis tem aumentado com
rapidez. Um exemplo dado pelo especialista são os 11 surtos de sarampo nos
Estados Unidos desde 2000.
"Doenças
evitáveis por vacinação ainda estão presentes na sociedade moderna. Portanto, a
decisão de vacinar as crianças deve ser revista com urgência", avalia.
O professor
acrescentou que até o momento não existe qualquer tipo de análise que comprove
a relação entre o autismo e as vacinas ministradas nas crianças.
"Nosso estudo é
o primeiro a desmentir esta ligação, pois nós não encontramos nenhuma evidência
estatística para apoiar esta ideia. Além disso, nossa revisão mostrou que os
componentes das vacinas mais utilizadas (timerosal ou mercúrio) não estão
associados com o autismo", completa.
Com o aumento dos
pais que não vacinam seus filhos, "a imunidade das populações diminui
substancialmente, aumentando o risco de contrair doenças infecciosas mais
graves", acrescenta.
"Os dados mostram
a falta de evidência científica para uma associação entre o autismo e a
vacinação infantil, independentemente se a intervenção foi feita por meio de
uma combinação de vacinas ou com o uso de apenas um componente, o que faz com
que não haja motivo para evitar a imunização", finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário