FONTE: *** Jairo Bouer
(doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Proibidos no Brasil,
os cigarros eletrônicos vêm ganhando popularidade em todo o mundo, apesar de
inúmeros estudos mostrarem que o dispositivo não é tão seguro para a saúde
quanto alegam os fabricantes.
Para avaliar a
percepção das pessoas sobre o produto, pesquisadores das universidades da
Pensilvânia e de Illinois, nos EUA, analisaram um importante banco de dados
sobre saúde do país e descobriram que os fumantes estão cada vez menos
inclinados a considerar os cigarros eletrônicos como uma alternativa segura ao
vício.
Estima-se que as
vendas de cigarros eletrônicos em breve alcancem a marca de 1,7 bilhões de
dólares, o que representa 1% do atual mercado de cigarro tradicional naquele
país.
No trabalho,
divulgado no American Journal of Preventive Medicine, os pesquisadores mostram
que, se em 2009 só 16,4% da população sabia o que era um cigarro eletrônico, em
2013 essa parcela subiu para 77,1%.
Os resultados também
revelam que, em 2010, 84,7% dos fumantes acreditavam que os cigarros
eletrônicos são menos prejudiciais que os tradicionais. Já em 2013 esse número
caiu para 65%.
O estudo ainda
conclui que tomar conhecimento sobre a existência do cigarro eletrônico não fez
mais pessoas tentarem parar de fumar. Nem fez o uso do dispositivo
explodir: apenas 6% dos adultos norte-americanos o utilizam com frequência.
Especialistas ainda
têm dúvidas se os cigarros eletrônicos podem virar uma espécie de redução de
danos para os fumantes. Ou se, na verdade, os fumantes vão só complementar o
hábito de fumar cigarros tradicionais com o uso do dispositivo.
Acompanhar esse
debate é importante, já que é bem provável que a moda dos cigarros eletrônicos
acabe invadindo o Brasil.
*** Jairo Bouer é
médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com
residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria da USP. A partir do seu
trabalho no Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP (Prosex),
passou a focar seu trabalho no estudo da sexualidade humana. Hoje é referência
no Brasil, para o grande público, quando o assunto é saúde e comportamento
jovem, atendendo a dúvidas através de diferentes meios de comunicação.
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