FONTE:
, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Embora a recomendação
sobre o consumo de açúcar recentemente liderada pela OMS (Organização Mundial
de Saúde) possa ser importante para conscientizar a população para os riscos
dos excessos na alimentação, ela não é suficiente para o combate efetivo à
obesidade.
De acordo com a
nutricionista Olga Amancio, do Departamento de Nutrição e Metabolismo da
Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a diminuição no consumo de açúcar,
gordura e sódio pela população em geral é uma recomendação importante, mas não
significa uma solução para o problema.
"As pessoas
costumam colocar açúcar no suco de fruta natural, um hábito desnecessário
porque a fruta já tem doce. Para reduzir o consumo, as pessoas também podem optar
por produtos diet e zero", sugere Amancio ao ressaltar que é possível
fazer algumas mudanças para equilibrar o consumo de açúcar.
Para a nutricionista,
a melhor atitude para evitar doenças cardiovasculares e diabetes é a mudança de
estilo de vida.
"A simples
restrição alimentar não resolve. As pessoas precisam entender que o jeito como
levam a vida impacta diretamente na saúde e é isso que precisa ser repensado
como um todo", analisa.
"É preciso
adotar um estilo de vida na qual a alimentação deve ser variada, com consumo de
legumes, verduras, frutas e carnes, de forma a evitar os excessos".
Além disso, ela
ressalta que ter uma vida sedentária também é muito prejudicial à saúde uma vez
que "o sedentarismo é responsável por graves consequências".
"É muito
importante praticar exercícios físicos regularmente. Desde criança as
atividades físicas devem fazer parte do dia a dia, passando pela fase da
adolescência, até a idade adulta e também os idosos", reforça a
especialista.
Segundo Amancio,
todas as doenças contaram com avanços tecnólogicos nos tratamentos, menos a
obesidade. "Apenas com relação à obesidade isso não foi observado. A alta
tecnologia provocou mudanças no comportamento das pessoas, que hoje são mais
sedentárias e se preocupam menos com a alimentação em razão da rotina
corrida", avalia.
No entanto, essa
mudança de estilo de vida envolve a decisão de promover transformações diárias
que devem ser mantidas a longo prazo.
"Nós,
profissionais de saúde, orientamos nossos pacientes, mas eles é que precisam
efetivamente realizar essas mudanças - que nem sempre são fáceis, mas na
maioria dos casos, possíveis", afirma.
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