FONTE: Portal Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
A pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância
de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico)
revelou que 28% dos fumantes largaram o cigarro nos últimos oito anos.
O levantamento registrou, ainda, que 11,3% da população brasileira
fumam, enquanto que em 2006 o índice era de 15,7%. A frequência maior é entre
os homens (14,4%), que fumam mais que as mulheres (8,6%).
Marcelo Marques tinha apenas 14
anos quando deu início aos seus 28 anos de fumante. O microempresário de
42 anos afirma que naquela época não existia restrição para fumantes, que podia
fumar em qualquer lugar e quase todo mundo fumava.
“Havia propagandas excelentes na TV que associavam o esporte ao
cigarro, e essas propagandas funcionavam. Era considerado um gesto natural, e
somente as pessoas descoladas e modernas fumavam. Era incentivo atrás de
incentivo para fumar”, relata Marcelo. O microempresário parou de fumar há dois
meses.
“O que me levou a parar foi o
cheiro do cigarro. Não aguentava mais sentir o cheiro nas mãos e na roupa,
então eu resolvi parar de fumar.”, revela Marcelo Marques.
Ele conta que, além da determinação
em largar o vício, um remédio e um adesivo de nicotina que seus médicos
receitaram também o ajudaram.
“Não estou sentindo muita falta.
Pensei que seria mais difícil, mas não foi. Eu até sinto vontade, mas quando me
lembro do cheiro perco a vontade”, ressalta.
E mesmo com apenas dois meses sem
fumar, Marcelo já sente os efeitos da vida sem cigarro. Ele não conseguia
correr, nem nadar e até mesmo subir escadas. Qualquer caminhada curta que
fizesse já o deixava cansado.
“Realmente melhora tudo na vida da
gente. Meu desempenho melhorou muito na academia. Em relação ao que era antes
estou muito satisfeito. Se antes não conseguia correr 1 minuto, agora consigo
correr três”, completa o empresário.
Menos de 20 cigarros por
dia.
Além da queda no número de
fumantes, outro motivo para comemorar é a redução no número de pessoas que
fumam 20 ou mais cigarros por dia.
Eram 4,6% dos brasileiros em 2006 e passou para 3,4% em 2013. O
Vigitel 2013 também revelou a redução de fumantes passivos no domicílio, que
passou de 12,7% em 2009 para 10,2% em 2013.
No local de trabalho, embora não
seja uma redução expressiva, o índice de fumantes passivos saiu de 12,1% e foi
para 9,8%.
Ações de combate.
O Ministério da
Saúde assinou em abril de 2013 portaria que permitiu ampliar o número de
unidades e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) que oferecem tratamento aos
fumantes. Atualmente, há 23 mil equipes de saúde de 4 mil municípios, no âmbito
da atenção básica, preparadas para ofertar o tratamento para largar o
vício de fumar no SUS.
São oferecidas consultas de
avaliação individual ou em grupo de apoio,
além de medicamentos em forma de adesivos e gomas de mascar com nicotina.
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