FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.
O problema
atinge um terço da população mundial adulta, especialmente os mais velhos e as
mulheres.
Há algumas semana, a produtora de conteúdo para redes
sociais Fernanda Matos começou a sentir dores intensas nas mãos e braços. O mal-estar
era tamanho que nem para dormir ela conseguia relaxar. Depois de uma visita ao
médico, descobriu que estava com uma inflamação cervical gerada pelo excesso de
trabalho com os dedos e a postura diante do computador.
Em janeiro do ano passado, Joana Oliveira, 32 anos, que
trabalhava como digitadora, começou a sentir dores nos dedos das mãos. Uma
consulta e o exame de imagem mostrou que a causa do desconforto era uma
inflamação severa nos tendões, conhecida como tendinite. Tanto Joana como
Fernanda são vítimas de uma síndrome da atualidade, que reúne um grupo de
doenças - tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do
carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador
redondo, mialgias - que afetam músculos, nervos e tendões dos membros
superiores principalmente, e sobrecarregam toda a movimentação
musculoesquelética.

Conhecida como Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao
Trabalho(Dort), ela recebeu um novo nome que faz referência ao hábito de manter
a comunicação através das mensagens enviadas pelo aplicativo whatsapp, a
‘Whatsappite’.
Tecnologias.
De acordo com o fisioterapeuta e coordenador do curso de graduação da Unime, Paulo Henrique de Oliveira, essa síndrome surgiu há 25 anos, mais ou menos no mesmo período da popularização da internet. “Esses distúrbios provocam muita dor e inflamação e são gerados pelo estresse tecnológico”, comenta o professor, citando o artigo publicado na revista Lancet, que relata o caso de uma mulher grávida que, no final do ano passado, foi parar na emergência depois de passar seis horas seguidas teclando pelo aplicativo Whatsaap. “Daí o novo nome de Whatsappite”, completa.
De acordo com o fisioterapeuta e coordenador do curso de graduação da Unime, Paulo Henrique de Oliveira, essa síndrome surgiu há 25 anos, mais ou menos no mesmo período da popularização da internet. “Esses distúrbios provocam muita dor e inflamação e são gerados pelo estresse tecnológico”, comenta o professor, citando o artigo publicado na revista Lancet, que relata o caso de uma mulher grávida que, no final do ano passado, foi parar na emergência depois de passar seis horas seguidas teclando pelo aplicativo Whatsaap. “Daí o novo nome de Whatsappite”, completa.
Oliveira lembra que na década de 90, sintomas
capazes de provocar dor e inflamação, além de alterar a capacidade funcional da
região comprometida foram chamados de nitendinite, em homenagem ao Nitendo.
“Daí a necessidade de controlar a sedução exercida pela internet, dosar o
trabalho realizado e alterar o uso dos braços e mãos com períodos de descanso e
alongamento”, esclarece, ressaltando que a prevalência maior dessas doenças
ocorre entre o sexo feminino.
O fisioterapeuta chama atenção que os primeiros sintomas
de dor no punho, cotovelo, cansaço e fadiga nos dedos, dor na coluna, pescoço,
cefaleia com dor nas têmporas, inchaço nos pés e irritabilidade e perda de sono
sempre que vai realizar um trabalho diante de um computador ou qualquer outro
equipamento eletrônico com acesso à internet, um profissional deve ser
consultado para que o problema possa ser tratado sem a necessidade de
medicações ou cirurgias.
Sedentarismo.
Outro aspecto importante e muito relacionado a Whatsappite é o sedentarismo e a obesidade, que predispõem o indivíduo às lesões e agravam os casos. É considerado sedentário o indivíduo que possui uma prática de atividade inferior a 150 minutos de atividade física moderada, como a caminhada, ou menos de uma hora de exercícios intensos por semana.
Outro aspecto importante e muito relacionado a Whatsappite é o sedentarismo e a obesidade, que predispõem o indivíduo às lesões e agravam os casos. É considerado sedentário o indivíduo que possui uma prática de atividade inferior a 150 minutos de atividade física moderada, como a caminhada, ou menos de uma hora de exercícios intensos por semana.
O problema atinge um terço da população mundial adulta,
especialmente os mais velhos e as mulheres. Para o educador físico Diego
Oliveira, é importante iniciar com atividades mais brandas como a caminhada, o
Pilates, remo e a musculação, com uma frequência mínima de três vezes por
semana, num período de 30 minutos. “Depois desse período preparatório, o corpo
pode e deve ser mais exigido, garantindo a saúde física, mental e a
autoestima”, garante.
Para uma boa prevenção, vale investir em adequação do
mobiliário e equipamentos empregados na execução das atividades laborais,
reduzir a jornada de trabalho, evitar temperaturas muito baixas, sempre atento
ao tempo que se passa teclando ou digitando.
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