FONTE:, CORREIO DA BAHIA.
Originalmente,
a categoria havia programado protestos para os dias 22, 23 e 24 de outubro
contra a MP 657, por reconhecimento do nível superior e por melhorias na
Segurança Pública.
Cerca de cem agentes da Polícia Federal fizeram na
terça-feira (21) um protesto em frente ao Palácio da Justiça, na Esplanada dos
Ministérios. Os policiais colocaram, na rampa de acesso ao prédio, 16 caixões.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal
(Sindipol), Flávio Werneck, tais caixões representam a quantidade de mortes de
policiais federais por suicídio durante a gestão do atual ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo. O já famoso “elefante branco” das manifestações dos
policiais também marcou presença no protesto de hoje.
Apesar do protesto, o Sindipol do DF decidiu interromper
o período de 72 horas de paralisação e manifestações da categoria, conforme
orientação da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Tal
recomendação foi dada depois que houve a sinalização da Casa Civil e do
Ministério do Planejamento de avanços nas discussões das reivindicações da
categoria, com agendamento de reunião para a quarta-feira (29).
Originalmente, a categoria havia programado protestos
para os dias 22, 23 e 24 de outubro contra a MP 657, por reconhecimento do
nível superior e por melhorias na Segurança Pública. Em cada Estado, os
sindicatos decidiram se seguem ou não a recomendação da Fenapef, explica
Werneck. Flávio Werneck explica que um dos principais pontos de queixa envolve
a a Medida Provisória 657. “Essa MP retoma parte da PEC 37, que já havia sido
rechaçada. Concentra o poder de investigação nas mãos de delegados, concentra o
poder nas mãos de poucos”, cita.
As consequências serão negativas, defende Werneck, com
uma “Polícia sem especialização” e com mais quantidade de casos nas mãos de
poucos. “Essa MP é absurda, representa um retrocesso. Editada no apagar das
luzes, ela afeta a Polícia Federal e compromete a reestruturação da segurança
pública, uma de nossas principais reivindicações. Protestamos contra essa
Medida, já chamada de 'MP do vazamento', feita a toque de caixa por pressão dos
delegados em troca do não vazamento de informações de operações da PF que
comprometem membros do atual governo”, havia comentado o presidente em
exercício do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado
do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ), André Vaz de Mello, conforme nota no site da
Fenapef.
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