FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
A estação mais quente
do ano, que
começou no domingo (21), pede cuidados
redobrados na saúde, seja pela exposição ao calor excessivo, seja pelo perigo
maior de desidratação e de queimaduras na pele por causa do sol forte, além de
outros problemas como micoses e má digestão. Pensando nisso, o UOL
reuniu algumas dicas para encarar o verão com saúde.
Com os dias mais
ensolarados, é normal que mais pessoas queiram estar na rua, nas praias,
praticando esportes ao ar livre, sem se darem conta de tais perigos. Para
evitá-los, o primeiro passo é não ficar exposto de sol das 10h às 16h,
principalmente se quiser fazer alguma atividade esportiva. Isso porque aumenta
a chance de desidratação pelo suor excessivo.
"Ter a opção de
escolher um horário no qual a temperatura esteja mais baixa é melhor. Quando
estamos expostos ao calor excessivo, temos que pensar em como vamos repor o
líquido perdido, para evitar a desidratação. Pensar se no caminho terá acesso a
água ou se tem que levar de casa. Tem que montar uma estratégia", explica
o fisiologista do esporte, Diego Leite de Barros, do Hospital do Coração.
Hidratação.
A hidratação de
idosos e crianças deve ser reforçada nesta época. Isso porque a criança tende a
não pedir por água e os idosos podem não notar que estão desidratados. Dois
litros de água por dia podem ser suficientes, mas não é a regra.
"O mais
importante é tomar água de forma fracionada ao longo do dia, para ir se
hidratando. Quando se sente sede, já é sinal de que o corpo está um pouco
desidratado. O ideal é tomar antes de sentir sede", diz Barros.
Para quem não puder
evitar os horários mais quentes, o fisiologista indica o uso de roupas leves,
claras e feitas com tecidos que sequem a transpiração mais facilmente, como a
poliamida.
Para os esportistas
em geral, vale investir também em bebidas isotônicas depois dos treinos,
capazes de repor os líquidos e sais minerais perdidos pelo esforço.
"Se a atividade
se prolonga por mais de 45 minutos, é necessária a reposição de líquidos e sais
minerais. Um exemplo de bebida isotônica é a água de coco", explica.
"Qualquer esforço nessa época é um pouco mais traumático. Em dias muito
quentes, vai causar a sensação de um esforço maior. Tem que respeitar essas
características e os limites do corpo".
Micoses, brotoejas e
queimaduras.
É no verão que
aumenta também a incidência de doenças de pele, as conhecidas brotoejas,
micoses e o incômodo bicho geográfico (larva migrans).
Para evitar os
carocinhos causados pela brotoeja, a dermatologista Luciana Velloso, professora
da Faculdade de Medicina de Petrópolis, no Rio de Janeiro, indica manter-se em
locais arejados e usar roupas leves, principalmente nos dias muito quentes. Já
a micose, causada por fungos, crescem em locais úmidos e abafados, por isso é
melhor manter-se seco o máximo de tempo possível.
"É importante
manter as dobras corporais, como virilha, axila e espaço entre os dedos bem
secas para evitar as micoses", diz Velloso.
O contato com a larva
migrans acontece principalmente em contato com areia contaminada. Deve-se,
portanto, evitar tocar em areia que possa estar contaminada com fezes de
cachorros em praias ou parquinhos.
Filtro solar.
O próprio bronzeado
pode deixar a pele mais sensível, especialmente se ele evoluiu para uma
queimadura --aquele vermelhidão que arde, coça e descasca. Para evitar que se
chegue a esse ponto, a dermatologista indica o uso contínuo de filtro solar.
"Quando
estivermos expostos diretamente ao sol, como em praia e piscina, o ideal seria
reaplicar o filtro de duas em duas horas. Os filtros com FPS acima de 30 são os
mais indicados", afirma.
Alimentação.
Manter uma
alimentação rica em legumes e verduras e com carnes magras e saladas, excluindo
alimentos gordurosos e guloseimas em geral são as dicas para encarar o calor
sem passar mal. Isso porque esses alimentos são de fácil digestão e contém
líquidos, que ajudam na hidratação, explica a nutricionista Emanuelle Esteves,
consultora da FitBox.
"Uma boa dica é
consumir saladas mistas de legumes e verduras cruas ou cozidas no vapor,
temperadas com molhos simples à base de limão, azeite extravirgem ou iogurte
natural, podendo acrescentar frutas e castanhas", afirma Esteves.
A nutricionista
sugere o consumo de frutas in natura, em forma de sucos acrescidos de verduras
(cenoura, beterraba, couve e hortelã são opções) e em forma de vitamina feita
com leite desnatado ou de soja, e até mais do que dois litros de água por dia
se perceber que a perda de líquidos está sendo muito maior do que a normal.
"Todos estes
alimentos são leves e de fácil digestão. São excelentes fontes de minerais,
vitaminas e fibras que irão ajudar no aumento da imunidade, saciedade e melhora
da função intestinal. São fáceis de preparar e não deterioram com facilidade
nas altas temperaturas do verão, conferindo menor risco de intoxicação
alimentar", afirma.
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