FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
O
consumo de açúcar vem crescendo a cada ano, sendo considerado uma droga
estimulante, que por ser lícita, pouco se discute sobre os prejuízos à saúde
humana. Seu consumo exacerbado vem trazendo consequência alarmante para a saúde
da população chegando a ser considerado um problema de saúde publica
atualmente, por gerar uma série de desequilíbrios sistêmicos.
A
dependência química do açúcar ocorre fortemente por gerar alta sensação de
prazer, estimulando neurotransmissores cerebrais. Essa sensação boa gera um
vicio, pois dura pouco tempo e nos faz querer sempre mais dessa substância.
Como
explica nutricionista funcional Andrezza Botelho o açúcar refinado não traz
beneficio algum ao organismo, por não conter nenhum nutriente, apenas calorias
vazias.
Essa
energia toda em excesso é armazenada na forma de gordura, através do hormônio
chamado insulina, que quando super estimulado ou secretado constantemente leva
à resistência à insulina ou Diabetes propriamente dito.
O
açúcar é apenas um alimento calórico, de baixa qualidade nutricional, que não
oferece benefícios para o organismo. Ele rouba nutrientes, podendo alterar o
meio digestivo no estômago, prejudicar a absorção de vitaminas e minerais,
interferir na digestão e na absorção intestinal, além de facilitar o aumento da
excreção de alguns nutrientes dentro do organismo.
Além
disso, o açúcar é alimento de fungos e más bactérias. Quando há um aumento desses
elementos, você acaba mantendo um pH ácido no intestino, o que prejudica a
absorção de nutrientes essenciais para o bom funcionamento orgânico.
Também
traz prejuízos ao intestino, pois é o alimento preferido das bactérias
patogênicas, fazendo essa colônia crescer rapidamente, diminuindo assim a
colônia “boa”, e acabando com a flora intestinal saudável, ocasionando má
absorção de nutrientes importantes; deficiência do sistema imunológico; entrada
de toxinas pelos capilares levando a uma série de desequilíbrios no organismo e
doenças como câncer (também serve de alimento para células cancerígenas,
promovendo o crescimento de tumores).
Outros
malefícios são o aparecimento de diabetes, o aumento de cáries, infecções e
osteoporose, relacionados à perda lenta e constante de cálcio e magnésio que
esse alimento acarretar; lesão nas paredes dos vasos sanguíneos; obesidade;
envelhecimento precoce (aumento de radicais livres); hiperatividade; ansiedade;
dificuldade de concentração e irritabilidade.
Para a
nutricionista Andrezza Botelho, é fundamental o uso controlado e limitado desse
alimento, para garantir a qualidade e o equilíbrio do corpo.
Através
de trocas inteligentes como o uso de açúcar mascavo, açúcar de coco e até o
demerara podemos ingerir alguns nutrientes interessantes, mas mesmo assim o
consumo tem que ser muito consciente e equilibrado para garantirmos a saúde
física e mental, evitando assim o aparecimento de doenças silenciosas e
danosas, que acabam levando grande parte da população à morte logo após a sua
descoberta.
O
açúcar rouba energia do cérebro, facilita a síndrome metabólica que é geradora
de problemas cardiovasculares e da gordura abdominal, hipoglicemia reativa,
distúrbios de concentração, fadiga crônica, e ainda destrói alguns nutrientes.
Um estudo
da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), feito com ratos de
laboratório, mostrou que uma dieta com elevada dose de açúcar deixa o cérebro
mais lento, prejudicando a memória e a aprendizagem.
De
acordo com o estudo, o consumo excessivo pode interferir na capacidade da
insulina de regular como a célula usa e armazena açúcar, o que é necessário
para o processamento de pensamentos e emoções.
Além
disso, o alto consumo de açúcar aumenta a formação de radicais livres, que em
excesso podem causar efeitos deletérios no organismo, gerando o estresse
oxidativo, ou seja, os radicais livres alteram o funcionamento das nossas
células favorecendo o envelhecimento celular.
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