FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A
avaliação do Frênulo da Língua em Bebê, mais conhecido como Teste da Linguinha,
passa, a partir de hoje (23), a ser obrigatória em todos os hospitais e
maternidades do país. Conforme a lei Nº 13.002, sancionada pela presidente
Dilma Rousseff, é obrigatória a realização do exame nas crianças nascidas nas
dependências, tanto particular, quanto pública.
O
objetivo da avaliação é detectar alguma alteração no frênulo, ou seja, membrana
que liga a língua à parte inferior da boca. Conforme a Fonoaudióloga Maiara
Leite, do Hospital Geral do Estado (HGE),”o teste detecta as limitações dos
movimentos de língua que podem comprometer as funções de sugar, deglutir
(engolir), mastigar e falar,importantíssimos para nutrição”, pontua. A
avaliação detecta também a anquiloglossia, popularmente conhecida como língua
presa.
Leite
explica que o procedimento é rápido e não causa dor ao bebê. “É realizado pelo
fonoaudiólogo, que eleva a língua do bebê para verificar as características
anatômicas do frênulo lingual. Em seguida, introduz o dedo na boca do bebê para
verificar a mobilidade da língua durante a sucção. E por último, observa-se o
bebê sendo amamentado”, afirma.
Para a
fonoaudióloga, especializada em Motricidade Orofacial, o teste “é de extrema
importância, pois é possível fazer a prevenção contra futuros problemas que a
criança possa desenvolver, como, por exemplo, dificuldades de sucção do leite
durante o aleitamento materno”, ressalta Leite. O Ministério da Saúde
informou que a lei “vai reforçar o que já é feito, pois a avaliação é oferecida
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como outros testes
importantes como o do pezinho, da orelhinha e do olhinho”, pontuou.
A
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma nota informando que “a
avaliação do frênulo lingual faz parte da rotina do exame físico do
recém-nascido e, portanto, realizado pelo pediatra assistente antes da alta
hospitalar”. A SBP afirmou que os ensaios clínicos citados na
justificativa do Projeto foram baseados em amostragem muito pequena, de apenas 10
recém-nascidos, o que em um universo de quase três milhões de recém-nascidos
por ano é “traço estatístico”, sem valor científico. “Salientamos que a
“anquiloglossia - língua presa - apresenta mortalidade e morbidade próximas de
zero” e sua presença em grau mais severo no recém-nascido “jamais irá se
constituir num quadro de urgência ou emergência clínica ou cirúrgica”, diz a
nota. A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) não soube informar
quantos bebês nascem com algum tipo de problema na língua e nem quantos testes
são feitos no estado.
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