FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Todo
mês, 76% das mulheres brasileiras sofrem de cólica menstrual. Se elas forem
mais jovens, de 16 a 24 anos, 84% delas se queixam dessas dores. Além disso, na
pesquisa feita em todas as regiões brasileiras pela Conectaí, do Ibope
Inteligência, verificou-se que 75% das mulheres reclamam das dores de cabeça.
Se for jovem, o número de queixas aumenta para 78%.
As
dores femininas são um tema antigo. Segundo a ginecologista Maria Celeste
Wender, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e presidente da
Sociedade Brasileira de Climatério (SOBRAC), as mudanças hormonais, decorrentes
do ciclo menstrual, interferem e muito nessas dores da população feminina.
Segundo
ela, muitas vezes, podem acontecer várias dores ao mesmo tempo, como cólica
menstrual, dor de cabeça, enxaqueca e até mesmo dores nas costas. Ela atribui a
intensificação dos sintomas ao estilo de vida desregrado do mundo atual. Uma má
alimentação, sedentarismo, estresse e ritmo de vida agitado só faz com que as
queixas aumentem.
Os
números não negam: em 59% das mulheres, a cólica menstrual vem acompanhada de
dores de cabeça e, em 46% delas, há dores nas costas.
Mas há
pessoas que se acostumam a sofrer e não procuram um médico que possa ensinar
como aliviar todo esse desconforto. Para 16% das mulheres, essas dores são
naturais e devem ser encaradas com normalidade. Em 75% das mulheres
entrevistadas, no entanto, a cólica atrapalha as atividades diárias, levando-as
a deixarem de fazer algo que precisavam por conta da dor.
E,
naturalmente, uma dor afeta o humor. Mais de 80% das mulheres relatam terem sua
qualidade de vida tolhida na época da menstruação. Para 42% delas, o humor fica
em péssimo estado. Somente 18% consegue sobreviver ao período menstrual sem
alterações notáveis no humor.
Mas as
dores não param por aí: embora em menor quantidade, algumas entrevistadas
também informaram que há mal-estar no estômago, na mama, costas e tensão nas
articulações, pernas e extremidades, além da intensificação das dores depois de
uma atividade física e, por fim, enxaqueca.
A
ginecologista recomenda que qualquer mulher que sofra no período menstrual
procure um médico para auxiliá-la. O tratamento médico é imprescindível para
melhorar a qualidade de vida.
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