segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ESPECIALISTA RECOMENDA ALTERNAR CONSUMO DE PEIXE SELVAGEM COM O CRIADO EM CATIVEIRO...

FONTE: , Anahad O'connor (noticias.uol.com.br).


Pergunta: Comer peixe criado em cativeiro é melhor do que não comer peixe?
Resposta: Os especialistas têm levantado algumas preocupações em relação aos peixes criados em cativeiro. Em alguns casos, os animais são criados com dietas que não são naturais e ficavam aglomerados em cercados pequenos que podem gerar toxinas e proliferar doenças, fazendo com que os piscicultores dependam muito do uso de antibióticos.

Mas as práticas de criação estão melhorando, e os consumidores têm inúmeras opções de peixes criados em cativeiro de forma saudável e ecologicamente correta, diz Tim Fitzgerald, cientista e especialista em sustentabilidade dos frutos do mar para o Fundo de Defesa Ambiental.

Algumas das variedades criadas que são produzidas de forma responsável também têm alto teor de ácidos graxos ômega-3, as gorduras poli-insaturadas que promovem a saúde cardiovascular. Entre elas estão o salvelino ártico (Salvelinus alpinus), a truta arco-íris e as ostras, disse ele.

Ele recomenda alternar o consumo de peixes criados em cativeiro com peixes pescados no ambiente natural.

"Você fica sem escolha se disser que não quer comer nenhum peixe criado nunca mais", diz ele. "Isso automaticamente elimina 50% dos frutos do mar norte-americanos das suas opções."

Algumas boas alternativas são o salmão do Alaska, a cavala do Atlântico e as sardinhas.

Do ponto de vista da saúde, o salmão criado em cativeiro é uma boa escolha, diz Roxanne Karimi, cientista pesquisadora da Escola de Ciências Marinhas e Atmosféricas da Universidade Stony Brook. Karimi descobriu que o salmão criado em cativeiro e o salmão selvagem têm alto teor de ômega-3 em comparação com o camarão, o atum e outros peixes, e em geral têm um teor baixo de mercúrio, uma preocupação especial para mulheres grávidas e crianças pequenas.

Karimi diz que é melhor comer peixes de espécies menores. Em sua pesquisa, ela descobriu que as pessoas que comem predadores do topo da cadeia, como tubarões, peixe-espada e marlim, têm mais mercúrio no sangue, mas não necessariamente mais ômega-3 e selênio – um nutriente abundante nos peixes – do que as pessoas que comem frutos do mar que estão mais abaixo na cadeia alimentar, como as sardinhas, mariscos, anchovas e arenques.


Ao comprar peixe, tenha também seu smartphone em mãos, para consultar guias online e aplicativos sobre frutos do mar para eventuais dúvidas.

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