FONTE: Elioenai Paes - iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
Esqueça chia, gojiberry e suco verde. Os
alimentos que devem compor as dietas de 2015 são a alga marinha kelp, o pólen,
a espelta (trigo vermelho) e o arroz negro, além de outros que já são bem
conhecidos aqui no Brasil. A promessa? Mais saúde, disposição e, de quebra,
controle da fome, ajudando a mandar aqueles quilinhos extras embora. Veja a
lista com os comentários da nutricionista Bruna Murta:
1. Kelp, alga
marinha: excelente fonte de iodo, mineral essencial para o metabolismo dos
hormônios da tireoide, a kelp contém selênio, outro mineral importante para a
produção de hormônios.
“Algas
também são fontes de fibras, promovem saciedade, e são ricas em antioxidantes
capazes de bloquear os radicais livres, retardar o envelhecimento precoce e
evitar o desenvolvimento de células cancerígenas", diz a nutricionista.
Comer demais, no entanto, faz mal, alerta Bruna. “As algas devem ser consumidas
com moderação, para evitar o excesso de iodo. A sugestão de consumo diário é de
cerca de 10g de alga marinha seca”, orienta. Leia mais: Algas marinhas podem
combater obesidade, diz pesquisa
2. Açaí: bem
brasileiro, ele parece ter despertado a curiosidade mundial. A nutricionista
não poupa elogios para a fruta. “É riquíssima em antioxidantes, com destaque
para a antocianina, responsável pela cor roxa. Esses antioxidantes combatem e
neutralizam a ação dos radicais livres, que previnem câncer, diabetes e doenças
cardiovasculares”, explica.
O açaí
é um superalimento, fonte de ácido oleico, uma gordura insaturada que ajuda a
reduzir e controlar o colesterol e pressão arterial. Logo, é uma fruta amiga do
coração.
Mas não
só do coração: a pele também se beneficia dessa amizade, afinal os
antioxidantes melhoram a aparência da pele com manchas e pode até reduzir rugas
faciais.
3. Café com manteiga.
Inusitado?
Essa combinação no mínimo esdrúxula é uma das apostas para 2015. O motivo? A
mistura forneceria energia e estimularia o cérebro. Bruna, porém, desconfia da
eficácia da receita.
“Algumas
pessoas aderiram à moda de adicionar manteiga ao café para fornecimento de
energia. No entanto, é preciso ter cuidado, pois a manteiga é rica em gorduras
saturadas e o consumo em excesso pode aumentar as taxas de colesterol e
triglicérides no sangue”, alerta. Leia o dossiê do café.
4. Biomassa de banana verde.
Simples
de fazer em casa, a biomassa de banana verde aparentemente entrou para sempre
na lista de superalimentos. Fonte de amido e com ação prebiótica, ela fortalece
e aumenta as quantidades de bactérias boas do intestino. O resultado é o
combate à prisão de ventre e prevenção de câncer de cólon.
Para
quem deseja emagrecer, Bruna explica que o amido resistente da biomassa
proporciona uma sensação de saciedade e também ajuda no controle do açúcar do
sangue, benefício também para os diabéticos ou quem está reduzindo o consumo de
açúcar. E não para por aí: a biomassa de banana verde também ajuda na proteção
do coração, uma vez que ajuda a controlar e reduzir o colesterol. Aprenda a
fazer biomassa de banana verde.
5. Pólen de flores.
A
nutricionista explica que o pólen é considerado um superalimento por causa do
alto valor nutricional. Contém antioxidantes, vitaminas do complexo B, A, C e
E, betacaroteno, enzimas e aminoácidos, nutrientes essenciais para o
metabolismo e para o sistema nervoso.
“Seu
consumo fornece energia, ajuda a aumentar a imunidade e também ajuda a prevenir
o câncer”, diz. Por conter antioxidantes, também combate o envelhecimento e,
contendo também as vitaminas do complexo B, o pólen é capaz de acabar com a
fadiga.
6. Matcha.
É uma
planta da mesma família do chá verde, a camelia sinensis. “É considerado o mais
puro dos chás-verdes”, explica Bruna. As folhas da matcha são cultivadas à
sombra por várias semanas antes da colheita, fazendo com que a planta produza
mais clorofila.
“As
folhas são colhidas de forma manual, cozidas ao vapor, secas e levadas a um
moinho de pedra, sendo moídas lentamente. Dessa forma há maior preservação do
valor nutricional”, detalha a nutricionista.
Com
esse processo, há uma maior concentração de antioxidantes, aminoácidos,
clorofila, vitaminas e fibras do que o chá verde comum.
Outro
ponto positivo para a matcha é a capacidade de fortalecer o sistema
imunológico. Bruna conta que ela também ajuda no combate às células
cancerígenas, retarda o envelhecimento – mantendo pele, unhas e cabelos
saudáveis –, aumenta o metabolismo basal, ajudando na queima de gordura e perda
de peso. Por conter o aminoácido L-teanina, melhora a concentração e a atenção.
7. Espelta (trigo vermelho).
Vitaminas
do complexo B, vitamina E, betacaroteno, ferro, fósforo, magnésio, aminoácidos
essenciais... ufa! A lista de benefícios que esse grão ainda não muito popular
no Brasil deixa o trigo comum no chinelo. Por não ter sofrido alterações
genéticas como o trigo comum, é menos alergênico, conta Bruna. Os celíacos, no
entanto, devem passar longe dele, já que a espelta também contém glúten.
As
fibras da espelta ajudam o intestino a funcionar melhor e também atuam no
controle da fome. O teor maior de vitaminas do complexo B, em relação ao trigo
comum, leva a espelta para a frente dos holofotes.
“O
trigo vermelho ajuda no metabolismo energético, na produção de hormônios
sexuais, melhora a circulação sanguínea e ajuda a baixar o colesterol”, diz
Bruna. Ela conta que, pelo valor nutricional que a espelta tem, o alimento
contribui para a saúde do sistema nervoso, cardiovascular, ósseo e imunológico.
8. Leite de aveia.
Fácil
de fazer em casa, o leite de aveia é uma boa opção aos alérgicos ou
intolerantes à lactose. “Há baixo teor de gordura saturada, rica em fibras
insolúveis (que melhoram a prisão de ventre) e solúveis, especialmente a betaglucana,
que ajuda na redução e controle da glicemia”, explica Bruna. O leite de aveia
também carrega vitaminas do complexo B, que fornecem energia, além do magnésio,
mineral que participa da produção da serotonina, que está relacionado ao
bem-estar, bom humor e prevenção da perda da massa muscular.
9. Arroz negro.
O
tradicional arroz branquinho e até mesmo o arroz integral perdem para o valor
nutricional do arroz negro. “Ele tem 20% a mais de proteína, 30% a mais de
fibra, menos gordura e menos calorias”, diz Bruna.
Não
bastassem os benefícios, ele também carrega antioxidantes, flavonoides e
antocianinas, que combatem os radicais livres. O resultado? Um envelhecimento
mais lento, probabilidade reduzida de desenvolver um câncer, imunidade nas
alturas e uma memória bem afiada. As fibras contidas no arroz negro também
ajudam no controle da fome e na redução da glicose e colesterol.
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