FONTE: Portal Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
O último domingo do mês de janeiro é
considerado pelo Ministério da Saúde (MS) o Dia Nacional de Combate à
Hanseníase, uma das doenças de pele mais antigas da história da medicina.
Você
saberia identificar os sintomas da hanseníase? A doença infecciosa é contagiosa
e causa manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele com
sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque.
É
normal também ocorrer sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas
extremidades, surgimento de caroços e placas em qualquer local do corpo e
diminuição da força muscular, por exemplo, como ter dificuldade para segurar
objetos.
Causada
pelo bacilo Mycobacterium leprae, a hanseníase não é hereditária e sua evolução
depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada.
Em dez
anos, o Brasil registrou uma queda de 68% nos casos de hanseníase. Em 2013,
para cada 100 mil habitantes, menos de 16 são diagnosticados com a doença.
Antes este número era de aproximadamente 30 pessoas.
Em
relação ao ano de 2014, dados preliminares apontam números ainda menores, de
12,14 por 100 mil habitantes, correspondendo a 24.612 casos novos da doença no
país. Na população menor de 15 anos houve registro de 1.793 casos.
Alcione
Fonseca conta que sua mãe, Maria Ednalva Fonseca da Silva, 67 anos, foi
diagnosticada com hanseníase e passou seis meses em tratamento.
“Ela
descobriu depois de umas manchinhas que ela tinha na pele, que coçavam muito,
eram branquinhas e com as bordas avermelhadas. Como minha mãe é do interior,
ela fazia muito remédio caseiro e nada disso adiantava. Eu falei que ela
precisava fazer um exame e que poderia ser hanseníase”, explica a filha.
A hanseníase tem cura.
O
tratamento é feito nos serviços de saúde e é gratuito. Após iniciado o tratamento,
a pessoa para de transmitir a doença quase que imediatamente. Quanto antes
houver o diagnóstico, mais rápida e fácil também pode ser a cura da doença.
O
tratamento é via oral, pela poliquimioterapia (PQT), uma associação de
medicamentos que evita a resistência do bacilo e deve ser administrada por seis
meses ou um ano a depender do caso.
Os
pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, à uma avaliação
neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. Vale lembrar que todas
as pessoas que convivem ou conviveram com quem recebeu o diagnóstico de
hanseníase devem ser examinadas nos serviços de saúde.
Maria
Ednalva realizou o tratamento de hanseníase durante os seis meses pelo Hospital
Rafael Fernandes, em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e já está curada.
Nos
últimos dez anos, a taxa de cura da doença no País aumentou 21,2%. Em 2003,
69,3% das pessoas que faziam tratamento para hanseníase se curaram. Já em 2014,
esse número saltou para 84%.
Para
continuar conscientizando a população e alertando sobre os sintomas da
hanseníase e a importância de tratar a doença, o Ministério da Saúde lançou a
campanha publicitária com ações que marca o Dia Mundial de Luta contra a
Hanseníase.
Com o
mote, “Hanseníase: quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”, a ação
tem como foco o diagnóstico precoce da doença e o tratamento que é ofertado de
graça no Sistema Único de Saúde (SUS).
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