OMS DECLARA QUE EPIDEMIA DE EBOLA PERMANECE COMO EMERGÊNCIA DE ALCANCE MUNDIAL...
FONTE: , em Genebra (noticias.uol.com.br).
A epidemia de ebola na África Ocidental continua
classificada como "emergência de saúde pública de alcance mundial",
declarou na quarta-feira (21) a diretora geral da OMS (Organização Mundial da
Saúde), Margaret Chan, que aceitou as recomendações do Comitê de Emergência do
organismo.
Esse Comitê, composto por especialistas de
diversas áreas, se reuniu pela quarta vez para avaliar a atual situação da
epidemia do vírus do ebola, decidir se ainda representa uma ameaça à saúde pública
mundial e, deste modo, estabelecer as recomendações necessárias.
Em comunicado divulgado pela OMS, o Comitê
explica que decidiu "por unanimidade" manter o status de
"emergência de saúde pública de alcance mundial" e também as
recomendações feitas sobre como atuar para conter a expansão do vírus - tanto
em Guiné, Libéria e Serra Leoa, os países mais afetados, como em outros.
Análises mostram que os casos estão diminuindo nos países com mais casos, o que
confirma que a estratégia farmacêutica aplicada está funcionando.
Além disso, o Comitê informou que apesar de
alguns casos pontuais de expansão além das fronteiras desses três países, como
na Espanha, nos Estados Unidos, no Senegal, na Nigéria, no Mali e no Reino
Unido, a epidemia se manteve em seus focos iniciais, o que, mais uma vez,
confirma que a resposta dada é a correta.
Diante desta situação, pede-se
"encarecidamente" aos governos de Guiné, Libéria e Serra Leoa que
continuem com os controles de saída para evitar a exportação do vírus. Estes
controles devem durar até que o contágio tenha cessado completamente nos três
países.
O Comitê deu ênfase à necessidade de que a
comunidade internacional colabore com estes controles de saída.
Para os países fronteiriços com a Guiné, Libéria
e Serra Leoa, o Comitê recomenda que continuem com uma vigilância ativa nas
fronteiras e que se comprometam com a cooperação bilateral, compartilhando
informações e recursos. As autoridades locais também devem estar envolvidas
neste processo.
Para os demais países, o Comitê enfatizou a
necessidade de evitar o estabelecimento de medidas que interfiram na troca de
pessoas ou mercadorias.
O Comitê identificou que até 40 países
estabeleceram medidas não recomendadas pelo organismo, como controles de
entrada, quarentenas obrigatórias para pessoas que estejam retornando de viagem
e proibição de entrada.
"Estas medidas estão impedindo o
recrutamento e retorno de pessoal internacional, e têm efeitos danosos nas
comunidades locais, por aumentar o estigma e o isolamento e por afetar negativamente
as economias locais", afirmaram os especialistas.
O Comitê lembrou que medidas extraordinárias só
devem ser implantadas em caso de evidências médicas comprovadas sobre o risco
de contágio.
Por fim, a OMS destaca que o objetivo principal
continua sendo reduzir a "zero os casos de ebola" nos países mais
afetados, medida mais efetiva para evitar que o vírus se propague
internacionalmente.
De acordo com a última apuração da OMS, até o
momento mais de 21.300 casos de ebola (confirmados, prováveis e suspeitos) e
mais de 8.500 mortes foram contabilizadas.
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