FONTE: Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
A expectativa do governo brasileiro é que a
cooperação esteja em funcionamento já nos próximos meses.
Acordo
entre Brasil e Argentina vai permitir que brasileiros tenham acesso ao
transplante multivisceral – substituição de pelo menos três órgãos abdominais –
e ao transplante de intestino pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio foi
feito na sexta-feira (22.05) pelo Ministério da Saúde.
O termo
de cooperação foi firmado entre o ministro da Saúde, Arthur Chioro, e o
ministro da pasta na Argentina, Daniel Gustavo Gollan, durante reunião da
Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra (Suíça).
Um dos
principais eixos do acordo, segundo a pasta, será a vinda de médicos argentinos
experientes com a técnica, que farão o treinamento de profissionais
brasileiros.
A
expectativa do governo brasileiro é que a cooperação esteja em funcionamento já
nos próximos meses. Pacientes com indicação para esse tipo de procedimento
poderão receber, de uma só vez, estômago, duodeno, intestino, pâncreas e
fígado, retirados em conjunto, de um único doador.
“A
Argentina realizou mais de 40 cirurgias, sendo reconhecida pela sua capacidade
técnica para esse tipo de transplante”, informou o ministério.
Entre
os pacientes candidatos aos transplantes múltiplos estão os que sofrem de
doença hepática crônica com trombose das veias que drenam os intestinos; aqueles
com insuficiência intestinal crônica – doença conhecida também como Síndrome do
Intestino Curto – que tiveram necessidade de nutrição parenteral por um longo
prazo; os submetidos a múltiplas cirurgias abdominais devido a doenças; e
pessoas com tumor na região da raiz do mesentério, artérias e veias, com
metástase no fígado.
O texto
firmado entre os dois países prevê ainda ações como a promoção de intercâmbio
de informação técnica sobre projetos, programas e experiências nas diferentes
áreas de saúde, desenvolvimento de programas de intervenção em saúde, a
organização de campanhas e de visitas de profissionais e especialistas, a
realização de atividades de capacitação e de habilitação, como oficinas,
seminários e conferências, e a transferência de tecnologia para promover o
abastecimento interno de medicamentos e insumos.
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