Entre os fatores
que indicam essa redução está a renovação de um conjunto de concessões de
hidrelétricas cuja tarifa será reduzida.
A sinalização para o próximo ano é de redução do custo da
energia, afirmou ontem o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), Romeu Rufino. Entre os fatores que indicam essa redução está a
renovação de um conjunto de concessões de hidrelétricas cuja tarifa será
reduzida e uma provável melhora do regime hidrológico do país.
“A renovação das concessões aponta para essa direção. E
esperamos um regime hidrológico mais favorável”, afirmou, durante o Encontro
Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase), no Rio de Janeiro.
Segundo ele, diante de uma melhora do cenário de chuvas
no futuro, não será necessário operar todas as termelétricas, principalmente as
mais caras. Essa medida pode alterar a cor da “bandeira tarifária”, indicando
uma melhora no quadro de abastecimento e uma redução nas tarifas de energia.
Romeu Rufino afirmou que espera um cenário mais favorável à modicidade
tarifária, quando o valor das tarifas cobradas é bastante próximo aos dos
custos de produção. “A grande questão para a modicidade tarifária é o custo da
energia”, afirmou Rufino.
Segundo ele, a sinalização é para uma redução do custo de energia no próximo
ano. A outra pressão pela alta na conta de luz, os encargos antes assumidos
pelo Tesouro, já começaram a ser repassados para os consumidores, reduzindo a
pressão em 2016, afirmou.
O ano de 2015 está sendo melhor em termos de chuvas e níveis de reservatórios
hidrelétricos do que foi o anterior, segundo o diretor-geral do Operador
Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. Ainda assim, acrescentou, o
cenário “não é o desejado”.
Segundo o ONS, o consumo residencial e comercial ainda
não foi afetado pelas campanhas publicitárias de uso racional da energia e
continua em patamares elevados, apesar da alta na tarifa.
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