FONTE: Mirthyani Bezerra, Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Os riscos
do fumo esporádico também se estendem à pessoa
que costuma ficar próxima a quem está fumando, mesmo sem estar com o cigarro na
mão, pois ela também está exposta às cerca de 4.720 substâncias tóxicas
presentes no cigarro. Estima-se que a cada três cigarros fumados, o fumante
passivo consome um por tabela. Além disso, a fumaça que sai da ponta do cigarro
e se difunde no ambiente carrega, em média, o triplo de nicotina, monóxido de
carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que o
fumante inala.
Estudos publicados na
época em que o Estado de São Paulo proibiu o fumo em ambientes coletivos,
públicos ou privados, mostraram que o fumante passivo exposto ao cigarro nessas
ocasiões mantinha sinais alterados até uma semana após a "balada". A
lei antifumo é de maio de 2009.
"Eles simulavam um ambiente fechado de festa e mediam a concentração de fumaça no local durante até quatro horas. Os pesquisadores perceberam efeitos cardiovasculares até uma semana depois da festa. Uma exposição única e pontual é capaz de alterar frequência cardíaca e a pressão arterial do fumante passivo", explica Francisco Mazon, pneumologista do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
"Eles simulavam um ambiente fechado de festa e mediam a concentração de fumaça no local durante até quatro horas. Os pesquisadores perceberam efeitos cardiovasculares até uma semana depois da festa. Uma exposição única e pontual é capaz de alterar frequência cardíaca e a pressão arterial do fumante passivo", explica Francisco Mazon, pneumologista do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).
O fumante passivo
também está se sujeita a ter crises de doenças respiratórias previamente
adquiridas, como asma e renite. "O ambiente fica impregnado com as
substâncias tóxicas. Por exemplo, se uma pessoa fuma dentro de um carro, essas
substâncias levam até 24 horas para se dissipar. Quem entra no carro antes
disso, fica exposto", diz o médico.
Segundo dados de 2012
do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o tabagismo passivo é responsável por
sete mortes por dia no país, considerando apenas a exposição passiva ao cigarro
em casa. Paulo Camiz, clínico-geral e professor da USP (Universidade de São
Paulo) e Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que o fumante passivo enfrenta
75% menos riscos que um tabagista, mas possui grandes desvantagens em relação
aos não fumantes que não são expostos à fumaça do cigarro.
"O problema é
ainda maior em relação ao fumo passivo em gestantes, em que há risco aumentado
de morte fetal, parto prematuro e de o bebê nascer com baixo peso. Há também um
índice maior de desenvolvimento de problemas respiratórios nesses
recém-nascidos", afirma.
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