FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Procedimento é indicado para casos em que a
medicação já não é mais suficiente.
A prática de transplantar um
coração para outra pessoa é mais velha do que se pode imaginar. Ela foi
realizada pela primeira vez em 1967, pelo cirurgião sul-africano
Christiaan Barnard. Já em terras brasileiras, a técnica veio um ano mais tarde
e foi realizada pela equipe do Dr. Euryclides Zerbin.
Naquela época era comum os
cirurgiões se depararem com muitos problemas relacionados à rejeição,
porém, de lá pra cá os avanços na atuação cirúrgica evoluíram e melhoraram
a estimativa de vida do transplantado cardíaco em mais de dez anos de vida, em
80% dos casos.
Entretanto, de acordo com dados
da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) a espera de quem
precisa de um coração está maior, neste trimestre de 2015 o transplante de
coração teve queda de 1%, por causa da recusa da família em autorizar a doação.
Segundo o cardiologista da
Beneficência Portuguesa, Marcelo Sobral, o transplante de coração só
é indicado em casos graves de problemas cardiovasculares que colocam em risco a
vida do indivíduo e que não podem ser tratadas com medicação.
“Os pacientes mais sujeitos a
esse procedimento são aqueles que sofrem de doença coronária grave,
miocardiopatia, doença cardíaca congênita e válvulas cardíacas com alterações
graves”.
O transplante cardíaco
pode ser realizado desde recém-nascidos até idosos e é dividido em dois
procedimentos: o transplante ortotópico que se caracteriza pela substituição
de um coração doente por outro saudável; e o heterotópico, técnica onde o
coração do doador é implantado sobre o órgão nativo com o objetivo de ajudar a
bombear o sangue, ou seja, nesse caso o paciente passa a ter dois corações.
Para muitos pacientes,
o transplante é a única chance de vida, por isso é tão importante a
conscientização da população em relação a doação de órgãos. Idade do doador,
causa do óbito e tipo sanguíneo são alguns requisitos estudados para saber se
há um receptor compatível.
“Todos nós podemos ser doadores,
desde que nossa família autorize. Por isso, se você deseja ser um doador não
deixe de comunicar seus familiares”, finaliza o cardiologista.
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