FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Especialista dá dicas de como cuidar da doença
durante o período de descanso.
De acordo com publicações
recentes, três em cada quatro portadores de Diabetes Tipo 2 no Brasil estão
fora de controle e a maioria está acima do peso. Manter o controle glicêmico
não é uma tarefa fácil para pacientes com Diabetes Tipo 2, e pode se tornar um
grande desafio no período de férias.
“Apesar do aumento das tentações
nos cardápios e da mudança na rotina, é possível manter o diabetes controlado
com pequenos cuidados diários”, afirma a médica Maithê Pimentel,
endocrinologista, membro assistente da equipe de endocrinologia e
metabologia do Hospital Beneficência Portuguesa e também do setor de síndrome
metabólica do Hospital das Clínicas.
A especialista deu algumas dicas
para que os pacientes com Diabetes Tipo 2 consigam manter as taxas de glicose
equilibradas durante as férias:
- Para compensar a falta de
exercício regular, procure utilizar escadas, ao invés de escadas rolantes e
elevadores. Além disso, opte por fazer os trajetos sempre a pé ou de bicicleta.
Vale a pena também pegar o caminho mais longo e aproveitar para conhecer melhor
o lugar, a paisagem e a vizinhança.
- Tente fazer boas escolhas na
hora da refeição. As novidades nos cardápios são grandes, mas se esforce para
pedir alimentos saudáveis, balanceado a quantidade de proteínas, carboidratos e
gorduras.
- Tire o foco da comida. Se
estiver na cidade, aproveite para curtir a agenda cultural, museus e parques.
Se a viagem for para a praia ou para o campo, aproveite o contato com a
natureza para praticar atividades físicas como a caminhada.
- Tomar os medicamentos logo ao
acordar ou antes de dormir são ótimas opções para evitar o esquecimento quando
se está fora da rotina.
- Evite fumar e consumir bebidas
alcoólicas, pois essas atitudes também contribuem muito para manter o controle
glicêmico.
Atualmente há medicamentos orais
que auxiliam no controle diário da glicemia, como é o caso do inibidor do
SGLT2, uma proteína transportadora que atua na reabsorção da glicose filtrada
pelos rins, permitindo assim a eliminação do açúcar em excesso pela urina.
Ao impedir essa
reabsorção, os medicamentos dessa classe, como a
empagliflozina, eliminam o excesso de açúcar que seria reabsorvido pelo
rim, permitindo que, diariamente, haja a eliminação de 78 gramas de
glicose, em média, o que equivale a cerca de seis colheres de sopa de
açúcar e a 312 calorias2.
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