FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Uma em cada três crianças sofre com a doença no
Brasil e projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que até 2025 o
número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões.
Ao
longo das últimas décadas, os hábitos de vida e de alimentação das crianças
mudou drasticamente. O atual estado de insegurança que levou a maior parte das
famílias das grandes cidades a se mudar de casas para apartamentos, a melhora
na renda das famílias de classe baixa e maior acesso aos alimentos
industrializados, entre outros fatores, potencializou o surgimento de uma
geração de crianças que se exercita cada vez menos e consome cada vez mais
calorias.
Mas, ao contrário de antigamente, quando os quilinhos a
mais eram orgulho dos pais, por serem sinônimo de saúde, hoje sabe-se que eles
são, na verdade, porta de entrada para uma das principais epidemias do século
21: a obesidade infantil.
Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde apontam que uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%.
Comparada com pesquisas anteriores, o excesso de peso entre as crianças mais do que triplicou desde 1974: Passou de 9,7% para 33,5% atualmente. A obesidade entre os meninos era de apenas 2,9% do total e nas meninas, o índice era de apenas 1,8%.
Uma em cada três crianças sofre com a doença no Brasil e projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que até 2025 o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.
Dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde apontam que uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os meninos, 16,6% são obesos, enquanto as meninas somam 11,8%.
Comparada com pesquisas anteriores, o excesso de peso entre as crianças mais do que triplicou desde 1974: Passou de 9,7% para 33,5% atualmente. A obesidade entre os meninos era de apenas 2,9% do total e nas meninas, o índice era de apenas 1,8%.
Uma em cada três crianças sofre com a doença no Brasil e projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que até 2025 o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.
Daniel
Gentil, médico especialista em gestão de saúde da plataforma AbVita, explica
que a obesidade na infância pode resultar em sérios riscos à saúde e, no
futuro, desencadear ainda outros problemas de saúde como apnéia do sono,
déficit de atenção, problemas sociais e psicológicos como estigmatização e
baixa auto-estima, colesterol elevado, problemas nas articulações e maior risco
de acidente vascular cerebral.
“O excesso de peso adquirido na infância também pode
evoluir para outros problemas de saúde crônicos associadas à obesidade como
diabetes, pressão arterial alta e infarto, decorrentes do grande acúmulo de
gordura e açúcares no organismo iniciado precocemente", explica.
Daniel Gentil explica que é fundamental agir assim que for detectado que a criança está com excesso de peso. “Se a obesidade não for interceptada aos dois anos de idade, mesmo que a criança siga com um crescimento saudável, as chances da criança se tornar obesa chega a 20%. Já os adolescentes com excesso de peso têm 80% de chance de se tornarem adultos obesos”. O especialista afirma que, com atitudes simples, é possível combater e reverter este problema:
Dormir bem é fundamental: Pouca gente sabe que existe uma relação direta entre o hábito de dormir pouco e o ganho de peso. Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, publicada em 2013, explica como uma noite de sono mal dormida afeta o cérebro e aumenta o apetite das pessoas.
Daniel Gentil explica que é fundamental agir assim que for detectado que a criança está com excesso de peso. “Se a obesidade não for interceptada aos dois anos de idade, mesmo que a criança siga com um crescimento saudável, as chances da criança se tornar obesa chega a 20%. Já os adolescentes com excesso de peso têm 80% de chance de se tornarem adultos obesos”. O especialista afirma que, com atitudes simples, é possível combater e reverter este problema:
Dormir bem é fundamental: Pouca gente sabe que existe uma relação direta entre o hábito de dormir pouco e o ganho de peso. Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, publicada em 2013, explica como uma noite de sono mal dormida afeta o cérebro e aumenta o apetite das pessoas.
De
acordo com o estudo, a privação do sono tem um efeito duplo na mente no que diz
respeito ao apetite. Um deles é estimular a resposta de uma parte do cérebro
que administra a motivação de o indivíduo comer diante de um alimento gorduroso
- ou seja, a reação diante da ingestão de uma batata frita ou hambúrguer é mais
forte quando se dorme pouco e estimula a pessoa a comer mais.
Ao
mesmo tempo, a falta de sono reduz a atividade do córtex frontal, parte do
cérebro responsável por medir as consequências de se consumir determinado
alimento e por tomar decisões de forma racional.
Diminua o tempo passado com vídeo game e celular: Quando a criança passa muitas horas do dia em atividades
sedentárias, que não preveem o gasto de calorias, deixa de participar de
atividades que consomem mais energia, como praticar esportes e brincar ao ar
livre.
Na hora das refeições, faça pratos coloridos: Um prato com cores variadas pode prevenir doenças e
ajuda a emagrecer. O conceito é simples, um prato que traga ao menos cinco
cores diferentes precisa, necessariamente, incluir frutas, legumes e verduras.
Desta
forma, a refeição irá combinar os benefícios dos nutrientes presentes em
alimentos naturais e calorias reduzidas, quando comparados a produtos industrializados.
Um
prato colorido nos fornece fitoquímicos, vitaminas e minerais. Além de
emagrecer, permite reduzir a incidência de doenças cardiovasculares, câncer e
diabetes, entre outros problemas de saúde.
Evite distrações durante as refeições: Não permita que a criança se alimente na frente da
televisão ou que alterne a atenção com celulares e outros eletrônicos. O
momento da alimentação deve prever tranquilidade e boa mastigação, para que a
criança não coma mais do que o necessário.
A força do exemplo: Se
você quer ensinar seu filho a se alimentar de forma saudável e praticar
exercícios, precisa dar o exemplo. Suas palavras não terão efeito na se você
não praticar o que sugere que ele faça. Criança aprende pelo exemplo e não
através de palavras.
O especialista
explica que as mudanças são urgentes. “Quanto antes forem tomadas as medidas
necessárias para reverter o quadro de obesidade infantil, menos chances a
criança tem de desenvolver problemas de saúde crônicos que poderão limitá-la ao
longo de toda a vida”, afirma.
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