FONTE: CORREIO DA BAHIA ( ).
Chefe que exigiu que a jovem não tivesse o
filho foi obrigado a pagar uma multa de aproximadamente 59 mil reais.
Uma jovem grávida foi demitida da empresa onde trabalhava
após se recusar a fazer um aborto. O caso aconteceu no Reino Unido, quando Teri
Cumlin, 22 anos, foi pressionada pelo chefe a terminar a sua gravidez. A
britânica processou a empresa, que foi condenada a lhe pagar uma multa de 12
mil libras - aproximadamente 59 mil reais - pela demissão injusta.
"Eu fui deixada com nada. Eu não tinha dinheiro
nenhum, e comecei a me preocupar em perder a minha casa. Foram meses
horríveis", relembrou Teri, em entrevista ao jornal The Mirror. Antes de
ser demitida, ela foi criticada pelo chefe e sofreu bullying após revelar que
esperava o segundo filho.
Ao contar a novidade em julho de 2014, o chefe lhe disse:
"Se você quiser uma carreira, eu te aconselho a abortar o seu bebê".
A jovem conta que se recusou a tomar esta atitude, especialmente porque já
tinha perdido um filho anteriormente - a criança nasceu morta no final da
gestação.
"Eu comecei a chorar no meio da rua, e ele me disse
que era a minha culpa. Ele começou a gritar, me chamando de idiota e dizendo
que não iria conseguir me manter no emprego. Foi terrível".
Os problemas não terminaram logo aí. Em outra
ocasião, durante o trabalho, a jovem disse que começou a se sentir mal por
conta do calor e pediu para ficar em pé na sombra, mas não lhe permitiram fazer
isso.
O chefe dela, Mark Robertson, também criticou a jovem
diversas vezes por ir muito ao banheiro e pediu para que ela não bebesse tanta
água.
O gerente da empresa onde ela trabalhava, a Engage
Fundraising, que arrecada dinheiro para diversas caridades no país, já a
mandou para casa por meses sem pagar os seus salários.
Além disto, Teri foi rebaixada do posto de 'líder da
equipe' por conta da sua gravidez. Ao reclamar com o presidente do escritório
sobre as atitudes do gerente, nada foi feito.
Ela acabou sendo demitida em dezembro do passado. O juiz
responsável pelo caso disse que a demissão foi um "ato
discriminatório".
A jovem, que já tem uma filha de quatro anos, teve
pressão alta durante toda a gravidez e acabou precisando ter uma cesárea de
emergência em fevereiro deste ano, um mês antes da data prevista para o
nascimento do seu bebê.
Thomas precisou ficar na UTI neonatal após o seu
nascimento. "Enquanto meu bebê estava internado eu comecei a pensar
nas coisas que ele me disse, e fiquei muito brava. Como ele pode me dizer para
tirar o meu filho?", relembra a britânica.
A empresa foi condenada a pagar uma multa de 12 mil
libras à Terri como compensação. "Eu estou feliz com a decisão, mas toda a
situação foi incrivelmente estressante", comentou.
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