FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
Um estudo publicado
nesta terça-feira (16) na revista científica The Journal of Clinical
Endocrinology & Metabolism conclui que a exposição ao pesticida DDT durante
a gravidez pode aumentar o risco de se desenvolver câncer de mama em quatro
vezes. A pesquisa foi feita com dados do plano de saúde da Fundação Kaiser,
localizada em Oakland, na Califórnia, Estados Unidos.
O DDT é um agrotóxico
altamente persistente no meio ambiente e na cadeia alimentar, além de possuir
características carcinogênicas e de alteração endócrina.
Os pesquisadores
analisaram números encontrados entre 1959 e 1967, datas em que o DDT era
fortemente usado nas lavouras norte-americanas. Neste período, os dados de
mulheres cujas mães tinham altos níveis de DDT em seu sangue indicavam que elas
tinham quatro vezes mais risco de desenvolver câncer de mama. Os cientistas
compararam os dados destas com outras mulheres que tinham inclusive o mesmo
histórico de câncer na família, para que a pesquisa determinasse com exatidão
os danos do pesticida.
No laboratório, os
pesquisadores concluíram que o DDT ativa o gene HER2 nas células mamárias, que
aparece em alguns tipos de câncer de mama.
Banido no
mundo.
O pesticida foi
proibido nos Estados Unidos há 40 anos. No Brasil, o DDT teve sua retirada do
mercado em duas etapas: em 1985, teve sua autorização cancelada para uso
agrícola; e em 1998, foi proibido para uso em campanhas de saúde pública. A
fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, e comercialização do
DDT só foi banida no Brasil em 2009.
Apesar disso, o
pesticida ainda é usado em alguns países. A OMS (Organização Mundial da Saúde)
defende que o pesticida seja usado para erradicar a malária em algumas
circunstâncias, já que o agrotóxico elimina o mosquito transmissor da doença.
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