sábado, 20 de fevereiro de 2016

ENJOO NA GRAVIDEZ: TODA MULHER TEM?...

FONTE: disneybabble.uol.com.br

Entenda como ele surge, quais as razões e como pode ser controlado.


O enjoo é o sintoma mais clássico de gravidez, depois do atraso menstrual. No entanto, algumas mulheres dizem não ter sentido o desconforto, enquanto outras relatam ter sofrido meses a fio.
Segundo Juliana Amato, ginecologista e obstetra especialista em Fertilidade e Reprodução Assistida da Amato Instituto de Medicina Avançada, a maioria das mulheres tem algum grau de indisposição no início da gravidez, que pode ser o enjoo acompanhado de vômitos ou um enjoo mais leve que não necessita de medicação e acaba melhorando sozinho. “Isto varia muito de organismo para organismo”, afirma.
O enjoo provém de alterações hormonais que ocorrem e são normais na gravidez. Sua aparição é mais comum nos primeiros três meses de gestação, devido às alterações hormonais, porém, pode voltar no final da gravidez.
“Nessa reta final, o abdômen está maior e o espaço para o estômago e intestino, menores. Desta forma o excesso de comida pode gerar refluxo e resultar em náuseas e vômitos”, completa a obstetra.
Embora não seja regra, mulheres com estômago mais sensível, que já possuem algum distúrbio gastrointestinal prévio, estão mais suscetíveis aos enjoos na gravidez.
Bons hábitos alimentares, como comer em pequenas quantidades, são uma ótima forma de prevenir tal incômodo. Mesmo assim, algumas gestantes não estão livre de enfrentar tais momentos ruins.
A secretária Thaís Chaves Pagliarini de Abreu, 37 anos, está em sua terceira gestação e os enjoos sempre a acompanham. “Eu começo a enjoar entre a 5ª e 6ª semana. Praticamente descubro a gravidez e começo a enjoar. O cheiro do café começa a me dar arrepio, logo em seguida vem o pavor com cheiros doces e também as trocas de fraldas dos outros filhos vão ficando impossíveis, principalmente a fralda da manhã”, relata.
Aí começa seu martírio: evita lugares que tenham os cheiros que a incomodam, deixa as fraldas para o marido trocar e, sem medo de ser feliz, pede ajuda para todo mundo. “Costumo enjoar até a 16ª semana, mas depois tudo melhora. Para amenizar meu enjoo, chupo muito gelo e limão. Na verdade fico tão derrubada que nem consigo tomar água, então, o gelo ajuda muito”, conta.
A designer de festas Ana Paula Consolino, 35 anos, não teve tanta sorte com a duração dos enjoos. Em suas três gestações, ela enjoou até o nono mês.
“Eles duravam o dia todo. Eram por causa de cheiros, por causa de coisas que comia, tudo me enjoava. Meu obstetra receitava um remédio, mas ele e nada eram a mesma coisa, então eu era obrigada a conviver com aquilo. No fim, já estava até ‘acostumada’. Com o parto, os enjoos acabavam no mesmo instante”, relembra.
Para controlar a ocorrência dos enjoos durante a gestação, a obstetra Juliana Amato dá algumas dicas:
o    comer em pequenas quantidades a cada 3 horas;
o    ingerir pequenas quantidades de água, suco ou chá muitas vezes ao longo do dia;
o    evitar alimentos gordurosos e condimentados;
o    evitar bebidas gasosas;
o    escovar os dentes com cremes dentais com gosto suave.
A gastrônoma Maira Teresa Lima Pereira, 34 anos, está grávida e os enjoos apareceram antes mesmo de ela descobrir a gravidez. Inclusive, eles foram o sintoma mais importante para que soubesse da gestação!
“Os enjoos começaram a ser fortes enquanto eu praticava atividade física. Eu até comecei a achar que eu estava com labirintite ou que era simples aumento da carga de exercício. Depois, quando comia algo não muito saudável, o enjoo aparecia e eu achava que era o fígado. Nunca tomei nada para passar, simplesmente respirava fundo e esperava. Quando o enjoo aparece forte, tomo água gelada com limão. Cheguei às oito semanas de gestação e os enjoos melhoraram muito. Agora, eles são bem raros”, comemora.
Enjoos perigosos.
A hiperêmese gravídica é uma apresentação exacerbada dos enjoos gestacionais. Um tanto rara – apenas 5% das gestantes são acometidas pelo quadro –, causa náuseas e vômitos persistentes, que não melhoram com medicação nem com mudança de hábito e leva à desidratação, distúrbios nutricionais e metabólicos, assim como perda de vitaminas e peso.
“O problema pode ocorrer por várias causas em conjunto, como hormônio HCG muito elevado, reação gástrica e substâncias produzidas pelo organismo em excesso. O tratamento, em geral, é feito em hospital, com repouso, hidratação, reposição de nutrientes perdidos e antieméticos”, Juliana Amato.
A jornalista Daniella Marcos Mazzitelli, 37 anos, entrou para a estatística de hiperêmese gravídica em sua segunda gestação. Ela conta que desconfiou da gravidez por conta de um enjoo diferente que teve.
“Descobri muito cedo, com 4 semanas. Até a sexta semana fiquei totalmente debilitada, tive de ir ao hospital tomar soro e medicamentos e diagnosticaram a hiperêmese. Até a 14ª semana não apenas enjoava, mas chegava a vomitar muitas vezes por dia. O que amenizava os quadros eram sucos de maracujá e limão muito, muito gelados. Açaí era um dos únicos alimentos que paravam no estômago”, diz.

O bebê de Daniela nasceu há duas semanas e, até hoje, ainda é desagradável comer arroz e outros alimentos que tanto renderam situações ruins.

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