O uso do cigarro eletrônico
está muitas vezes associado à crença de que este não é prejudicial ou viciante.
Um estudo da Escola Keck de Medicina, da
Universidade do Sul da California, concluiu que os estudantes do
ensino secundário de Los Angeles, Estados Unidos, utilizadores de cigarros eletrônicos,
foram reportados como mais propensos a começar a fumar tabaco comum.
O tabaco de maço é a fonte de nicotina mais recorrente.
Os cigarros eletrônicos, dispositivos que oferecem aerossol inalado e que
geralmente contém nicotina, estão-se a tornar cada vez mais populares, em
particular entre os adolescentes, incluindo aqueles que nunca experimentaram
tabaco comum.
Tendo por base os dados recolhidos no âmbito do Inquérito
Nacional em Meio Escolar (SICAD, 2011) conclui-se que, em 2011, 18% dos alunos
a frequentar o 3º ciclo do ensino público fumaram nos 30 dias anteriores ao
estudo. Cerca de um terço destes alunos (28%) fumou nesse mesmo ano.
Quanto ao uso de cigarros eletrônicos, em Portugal, ainda
não existem estudos com dados concretos. De acordo com estimativas de 2014, nos
EUA, 16% dos alunos do 10º ano relataram o uso de cigarros eletrônicos nos
últimos 30 dias do estudo, dos quais 43% afirmaram nunca ter experimentado
cigarros de maço.
Adam M. Leventhal, da Escola Keck de Medicina da
Universidade do Sul da Califórnia, e os seus colegas analisaram se os
adolescentes utilizadores de cigarros eletrônicos que relataram nunca ter
experimentado tabaco comum estariam mais propensos a iniciar o uso de tabaco
comum no ano subsequente. O estudo inclui 2,530 alunos de dez escolas públicas
de Los Angeles que nunca fumaram tabaco enrolado. O estudo iniciou-se no outono
de 2013, no 9ºano, cuja idade média era de 14 anos, e foram feitas avaliações
após 6 meses e após 12 meses ao início do estudo. Em cada avaliação, os alunos
fizeram um auto relato sobre qualquer utilização de produtos com tabaco
(enrolado, charutos e cachimbo de água).
Nenhum comentário:
Postar um comentário