FONTE: disneybabble.uol.com.br.
Toda fase da vida tem sua beleza e seus desafios –
psicológicos e nutricionais. Saiba o que comer e que exercícios praticar para
curtir o melhor de cada etapa.
Cada pessoa possui suas próprias necessidades nutricionais, que variam
conforme suas atividades diárias, rotina de exercícios e, apesar de muitos se
esquecerem, sua idade. Tudo o que você comia sem culpa durante a adolescência
terá um impacto maior depois de adulto. Costumamos aprender isso na marra.
É verdade que a preocupação em manter uma dieta equilibrada deve estar
presente em todas as faixas etárias, mas à medida que vamos ficando mais
velhas, essa reflexão se torna ainda mais importante, já que se pressupõe uma
maior predisposição a problemas de saúde conforme os anos vão passando.
“Os hábitos alimentares se modificam ao longo da vida e as necessidades,
tanto energéticas quanto de vitaminas e minerais, também”, observa a
nutricionista e engenheira de alimentos Alessandra Gaboardi.
Uma alimentação variada, equilibrada em todos os nutrientes e em cada
ciclo de vida, proporciona bem-estar, mantém o organismo livre de enfermidades,
garante energia e condições para o corpo se desenvolver, crescer e envelhecer.
Nesse contexto, é fundamental saber quais as necessidades nutricionais
mais evidentes em cada fase, não é mesmo? Confira algumas dicas:
DE 20 A 30 ANOS.
É a fase em que você faz de tudo: viaja, exercita-se, tem um ou mais
trabalhos, sai com suas amigas e não gosta de rotinas. O seu corpo precisa de
uma alimentação completa, equilibrada e suficiente para dar energia para todas
as suas atividades diárias. “Nessa fase a mulher está em sua plenitude
corpórea. É uma década da vida para semear bons hábitos alimentares, ou seja, a
prevenção”, destaca Alessandra.
O que comer? Muitos alimentos antioxidantes, como frutas,
legumes, leguminosas de cor vermelha, roxa, azul e amarela, que combatem
radicais livres e previnem o envelhecimento precoce. E mais importante: não
usar a correria do dia a dia como desculpa para mergulhar nos fast food e
alimentos industrializados, ricos em açúcar, sal e gordura trans.
Segundo Alessandra, não podem faltar no cardápio diário: três ou quatro
cores de verduras e legumes, carnes magras, peixe, carboidratos integrais
(arroz, macarrão, pães integrais) e quatro porções de frutas.
Que exercícios praticar? O personal trainner Dodo
Mendonça explica que, nessa faixa etária, praticamente todas as atividades
físicas podem ser exercidas, respeitando a individualidade biológica de cada
um. “Musculação, exercícios aeróbicos, como corridas e natação, além dos
esportes coletivos são ótimas maneiras de exercitar-se nessa fase”, diz.
Com o que se preocupar? Esta é a fase feminina mais
fértil. “Isso faz com que a mulher tenha uma necessidade maior de ferro para prevenir
a anemia ferroptiva”, alerta a nutricionista e professora da Universidade
Anhanguera, Carina Ribeiro Xavier. A ingestão de cálcio também é importante
como forma de prevenção da osteoporose. Em caso de gestação, há uma necessidade
especial à ingestão não só de ferro, mas também de ácido fólico, que serão
fundamentais tanto para a mulher quanto para o feto.
DE 30 A 40 ANOS.
O paradoxo família x carreira está mais forte do que nunca. Logo, a
correria continua! Equilibrar todos os pratinhos não é fácil e a tentação para
a alimentação prática e rápida falará alto. Seja forte! “Por volta dos 30 anos,
o metabolismo basal, que é a quantidade de energia que o corpo necessita para
se manter vivo, começa a reduzir. Estima-se que ocorra declínio de 4% a 5% a cada
década de vida. Nesta fase, as mulheres estão em franca produção mental, mas o
estresse aumenta e a imunidade diminui”, destaca Alessandra.
O que comer? Os alimentos antioxidantes seguem como demandas
nutricionais importantes. Boas pedidas para o cardápio diário são: amora,
mirtilo, morango, feijão vermelho e preto, berinjela, castanha-do-pará, abacate
e folhas verde-escuro. Outra preocupação importante é a manutenção da massa
muscular por meio da ingestão de proteínas de alto valor biológico como carnes,
clara de ovo, queijo e iogurte. “Começar a reduzir a ingestão de sódio também é
recomendado”, observa Alessandra.
Que exercícios praticar? A tendência é que a
disposição não mude muito em relação à da faixa de 20 a 30 anos. O personal
Dodo, portanto, não vê restrições de atividades físicas de forma geral. Elas,
inclusive, ajudam a reduzir o estresse e a dar mais ânimo para o dia a dia
puxado. Para quem tem dificuldades de administrar uma rotina de exercícios, ele
sugere a procura de um profissional especializado para ajudar a escolher e
montar o treinamento mais adequado.
Com o que se preocupar? A partir dos 30 anos, as
mulheres geralmente começam a perder massa magra e a acumular mais massa gorda.
“Alterações de humor e ansiedade, decorrentes dos desafios da vida e também da
TPM, não devem ser compensadas com um aumento na ingestão de alimentos calóricos”,
frisa a nutricionista Carina.
DE 40 A 50 ANOS.
A maturidade cai como uma luva: você já sabe quem é, onde quer chegar e
não tem medo de se reinventar. A manutenção do peso e da aparência física
passam a ser uma prioridade e um desafio, já que o metabolismo começa a
desacelerar. “Nessa fase, começam as alterações hormonais: a redução do
estrogênio pode levar à resistência à insulina, o que leva ao aumento de peso.
Alguns sintomas da menopausa começam a surgir e a mulher começa a ter mais
dificuldades de emagrecer”, explica Alessandra.
O que comer? A preferência por alimentos ricos em ômega 3,
cálcio, vitamina D e proteínas de boa qualidade auxilia na imunidade e na
diminuição do risco de osteoporose. A ingestão de frutas, verduras e grãos
ajudam a manter a saúde em dia.
Que exercícios praticar? Dodo recomenda os exercícios
ao ar livre, que estimulam a exposição ao sol, fundamental para a absorção de
vitamina D, além de esportes coletivos. A musculação também é uma boa pedida,
mas o personal alerta que é importante evitar exercícios de muito impacto.
“Nessa fase, devemos começar a cuidar das articulações com mais cautela.”
Com o que se preocupar? Com a desaceleração do
metabolismo, a ingestão calórica tem que ser reduzida em relação às fases
anteriores para que a mulher evite ganhar peso. A pré-menopausa deve ser
encarada com paciência e cuidado, lembrando que a linhaça pode ser um grande
aliado no combate aos sintomas desagradáveis.
DE 50 EM DIANTE.
As alterações hormonais se consolidam e são a principal característica
desta etapa. A mulher madura começa a lidar com novos desafios: a tendência a
uma menor demanda familiar, a multiplicação dos sinais físicos do
envelhecimento e as variações na libido. A maturidade emocional, entretanto,
atinge o ápice em uma mulher que já sabe lidar bem melhor com suas ansiedades,
frustrações e desejos do que durante a juventude.
O que comer? As práticas adotadas a partir dos 40 anos devem
ser seguidas ainda mais à risca. “Aumentar a ingestão de proteínas é
fundamental para evitar a perda de massa magra. A essa altura já devemos
entender bem o significado de alimentação saudável”, afirma Dodo.
Que exercícios praticar? Atividades de menor impacto
devem ser o principal critério de escolha. “Musculação e hidroginástica são ótimas
opções, mas precisam ser acompanhadas de perto por um profissional, que deve
estar atento as articulações e postura durante o exercício”, alerta o personal.
Com o que se preocupar? A nutricionista Alessandra
destaca que a grande preocupação a partir dos 50 anos é o aumento da gordura
corporal, principalmente na região abdominal. “O ganho de peso acaba
apresentando maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares”,
salienta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário