FONTE: Andreia Verdélio - Repórter da
Agência Brasileira, TRIBUNA DA BAHIA.
É importante que os pais fiquem
atentos para evitar peso em excesso e ajuste incorreto.
A mochila escolar é um item que faz parte da rotina de
crianças e adolescentes e a forma com que eles gostam de usar vai mudando ao
longo do tempo.
Por isso é importante que os pais fiquem atentos para evitar peso em excesso e ajuste incorreto, já que isso pode causar lesões e dores. É o que orienta a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).
Por isso é importante que os pais fiquem atentos para evitar peso em excesso e ajuste incorreto, já que isso pode causar lesões e dores. É o que orienta a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).
Segundo o ortopedista e membro da Sbot, Miguel Akkari, o
peso correto da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança. As queixas
de dores são frequentes nos consultórios, segundo Akkari.
“O que nós observamos são as queixas agudas, geralmente dor nas costas, nos braços e nos ombros”, explicou. O ortopedista ressalta, entretanto, que os problemas podem ser mais sintomáticos para aquelas crianças e adolescentes que precisam caminhar até a escola levando o material. “É mais significativo pelo tempo de esforço que ele faz”, disse.
“O que nós observamos são as queixas agudas, geralmente dor nas costas, nos braços e nos ombros”, explicou. O ortopedista ressalta, entretanto, que os problemas podem ser mais sintomáticos para aquelas crianças e adolescentes que precisam caminhar até a escola levando o material. “É mais significativo pelo tempo de esforço que ele faz”, disse.
Para o
ortopedista, os pais devem ficar de olho e orientar seus filhos a evitar
carregar materiais desnecessários.
Blitz das mochilas.
“Hoje
não é mico usar mochila de rodinha”. É o que o psicopedagogo do Colégio
Marista, Ricardo Timm, tenta explicar para os alunos. Todos os semestres, há
três anos, a escola realiza uma campanha de conscientização com pais e alunos,
com uma “blitz da mochila”, para pesagem, e orientação em sala de aula.
A
estudante do 8º ano, Maria Luiza, de 12 anos, foi pega na blitz com
excesso de peso na mochila e reconheceu o erro. “Eu acho que às vezes levo
coisas desnecessárias na mochila, mas não sinto ela pesada. Vou me preocupar um
pouco mais agora”, disse.
Já Sophia Sousa, de 14 anos, estudante do 9º ano, disse que
sente um pouco de dor às vezes e vai optar pelo uso do armário da escola.
“Eu ainda tenho que pegar meu armário e aí vou melhorar o peso da mochila. Eu acho que é bem legal esse tipo de ação e é importante para conscientizar porque tem algumas pessoas que vejo com a mochila lá embaixo, paras as costas isso é ruim”, disse.
“Eu ainda tenho que pegar meu armário e aí vou melhorar o peso da mochila. Eu acho que é bem legal esse tipo de ação e é importante para conscientizar porque tem algumas pessoas que vejo com a mochila lá embaixo, paras as costas isso é ruim”, disse.
O
psicopedagogo contou que um número grande de alunos utilizam mochilas de
rodinhas. “Até o 5º ano quase todos, 6º e 7º também. Nos 8º e 9º aos é que
temos mais resistência por parte dos meninos. À medida que ele vão se tornando
jovens eles acham que a rodinha é um mico”, disse, explicando que os pais podem
ser mais enfáticos no uso da mochila de rodas para mudar essa cultura desde
cedo. “Muitos adultos já usam no dia a dia”, argumentou Timm.
Segundo
ele, hoje, uma mochila só de material escolar deve pesar em torno de 7 quilos,
o que é muito para crianças menores.
O ortopedista da Sbot, Miguel Akkari, orienta que na hora da compra se dê preferência a mochilas de duas alças porque distribuem o peso linearmente nos ombros; e que as alças sejam largas (mínimo de 4 cm) e acolchoadas. Mochilas com vários compartimentos e com cinto abdominal também são recomendadas.
Ao
utilizar é importante, além de evitar o excesso de peso, usar as alças nos dois
ombros, segundo Akkari, e regular para que ela fique na altura da cintura (que
termine no início da região glútea). O material mais pesado deve ser colocado
junto às costas.
O uso de mochilas com rodinhas pode ser uma alternativa, no
entanto, é preciso ter cuidado com a alça do carrinho que deve estar a uma
altura apropriada, as costas devem estar retas ao puxá-la. É importante
observar também o percurso a ser feito.
“Se é ambiente com escada e desnível, em vez de facilitar vira um empecilho. A mochila de rodinha tem sua utilidade se o percurso for com poucos obstáculos”, explica Akkari.
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