FONTE: CORREIO DA BAHIA (redacao@correio24horas.com.br).
Especialista
diz que mais de 60% dos pacientes que procuram o serviço sofrem disfunção
erétil.
O urologista Modesto Jacobina, que realizou um mutirão de
atendimento gratuito em Paripe nesta sexta-feira (19), informou que mais de 60%
dos pacientes que buscam atendimento no Ônibus da Família sofre com a disfunção
erétil. A proposta do médico é que as farmácias populares passem a
comercializar os medicamentos voltado para a doença, a preços acessíveis.
"É necessário que o governo implante uma política de
saúde do homem, inclusive para fornecer esses medicamentos nas farmácias
populares. Assim como oferece remédio para o diabetes e hipertensão, por que
não oferecer também para disfunção erétil?", questiona o especialista.
Outro aspecto que chamou a atenção de Jacobina é que mais
80% dos pacientes que buscam o Ônibus da Família nunca fizeram exame próstata.
"Tem pacientes com 70, 72 anos que nunca fizeram exame de próstata. Fazem
PSA, mas não fazem exame de próstata", disse, acrescentando que falta
especialistas para atender a este demanda na rede pública.
O pedreiro Edenilton dos Santos Alves, 47, estava
nervoso para fazer pela primeira vez o exame de toque. "Nas primeiras vezes
dá medo, né? Vim fazer porque as pessoas sempre falam que já estou na
idade", contou. Edenilton tem dificuldade de encontrar um lugar para fazer
o exame gratuito, e não quis perder a oportunidade. "Eu cheguei aqui às 3h
para pegar a ficha aqui. Eu só quero saber se está tudo bem",
afirmou.
Já o aposentado Manoel Reis Nascimento, 61 anos, tinha
marcado para fazer o exame de PSA na próxima semana no posto de saúde e chegou
cedo para completar a lista do check-up anual com o exame de toque. "Eu só
fiz uma vez, mas todo ano faço o PSA. Eu acho que a gente não tem que ter
vergonha não. A gente tem que andar em cima dos médicos e aproveitar as
oportunidades que são de graça", completou.
Morador de Periperi, o aposentado Aurelino da Silva, 66,
já se acostumou com as brincadeiras na hora de fazer o exame. "Cuidado,
Aurelino, cuidado aí", brincou um amigo quando ele estava entrando no
micro ônibus para receber atendimento. "O pessoal fica sempre perturbando,
mas é normal. É melhor vir fazer do que ficar doente depois", recomendou.
Ele já faz o exame há cerca de oito anos. "No começo dá aquele medo, mas
depois a gente se acostuma. Todo ano eu venho fazer", disse.
Neste sábado será a vez de atender o público
feminino. O ônibus estará no mesmo local, em frente a sede da 19ª Companhia
Independente da Polícia Militar (CIPM/Paripe) oferecendo serviços de
eletrocardiograma e atendimento à mulher. Na semana que vem, o destino será
Fazenda Coutos.
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