FONTE: *** Do UOL, em São Paulo, (noticias.uol.com.br).
Churrasco com carne
dura não dá, né? Pois um estudo brasileiro pode diminuir bastante esse
problema. Cientistas brasileiros da Esalq da USP (Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo) se debruçaram por
três anos sobre os bovinos para descobrir genes que impactam na maciez da
carne. Tal novidade pode chegar, no futuro, ao seu prato.
O estudo identificou
alguns pontos importantes que podem fazer um bovino ter carne macia ou não.
Isto pode ser benéfico para quem consome carne e para a indústria alimentar do
país – o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, segundo o IBGE. Para
Tássia Mangetti Gonçalves, uma das cientistas envolvidas, o estudo pode gerar
uma "nova era na ciência animal".
A pesquisa.
Para o estudo, foi
analisado o DNA da raça Nelore, que representa cerca de 80% do gado brasileiro.
Passo a passo, os cientistas investigaram quais bois tinham genes deletados e
quais continham os mesmos genes com muito mais cópias do que um animal
considerado comum. O segundo objetivo foi analisar o impacto fisiológico e
fenotípico por conta da ausência ou da abundância desses genes.
E qual foi o
resultado? Pois bem: o grupo de pesquisa percebeu que a maciez da carne pode
ser regulada pelo metabolismo do animal, com destaque para a morte celular
programada. Os cientistas ainda identificaram diferenças nos genes de bovinos
com o que já havia sido descrito em pesquisas anteriores. Isso mostra que
outros genes podem ser responsáveis pela maciez das carnes.
Uma das grandes
novidades é a identificação de microRNAs que são potenciais reguladores da
maciez do animal. A pesquisa continuará, mas com os dados já coletados pode ser
realizada uma melhor seleção dos bovinos.
*** Com informações
da Agência USP.
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