FONTE: Yuri Abreu, TRIBUNA DA BAHIA.
Com a chegada do verão e as altas temperaturas,
esses números podem vir a ter uma crescente.
Em
janeiro deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a distribuição de um
repelente voltado para as gestantes cadastradas no programa Bolsa Família, com
o objetivo de protegê-las do mosquito Aedes Aegypit, transmissor da dengue,
chikungunya e zika. O último, inclusive, é apontado como principal responsável
pelos casos de microcefalia registrados no Brasil desde o fim de 2015.
Contudo,
nove meses após o anúncio, o produto nem chegou a ser distribuído nos postos de
saúde pelo país. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia
(Sesab), apenas este ano, foram registrados 55.128 casos suspeitos de zika,
sendo que a cidade de Itabuna, no sul do estado, é a que possui o maior número,
com pouco mais de 16.700 casos. Na capital baiana, segundo a Secretaria
de Saúde municipal (SMS), foram registrados 644 casos suspeitos de zika em
2016.
Com a
chegada do verão e as altas temperaturas, esses números podem vir a ter uma
crescente, o que traz preocupação à população. Ainda agora na primavera, com o
tempo variando entre chuva e sol, o alerta começa a ser ligado. Tanto para as
gestantes quanto para as mulheres que foram mães recentemente, o acesso
gratuito ao repelente poderia trazer um pouco mais de conforto para elas.
“Seria
muito mais viável, já que muita gente não em condições de comprar os repelentes
existentes no mercado. Certamente seria uma preocupação a menos”, disse a
atendente de recepção Giliane Silva, mãe de uma menina de três meses. “O custo
é muito alto atualmente. A gente espera que, com o acesso gratuito, possamos
nos preocupar com outras coisas”, contou a administradora Maria Silva, grávida
de cinco meses.
Segundo
o atual Ministro da Saúde, Ricardo Barros, os repelentes devem começar a ser
distribuídos a partir do mês de dezembro deste ano, para grávidas que estejam
cadastradas no programa Bolsa Família. “Estão em consulta pública neste
momento”, pontuou. De acordo com o Ministério da Saúde, o país teve confirmado
2.033 casos de microcefalia, sendo 319 aqui na Bahia, desde o início das
investigações, há um ano.
Em Belo
Horizonte/MG para anunciar a liberação de verbas para a saúde, Barros explicou
os motivos que levaram ao atraso na distribuição. Entre eles, a falta de
fornecedores com capacidade de atender a demanda.
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