segunda-feira, 14 de novembro de 2016

BAIXA QUALIDADE DE VIDA AUMENTA DISFUNÇÃO ERÉTIL, MAS HÁ SOLUÇÃO...

FONTE: Carmen Vasconcelos (carmen.vasconcelos@redebahia.com.br), CORREIO DA BAHIA.

No mês em que se comemora o Novembro Azul, vale lembrar que a forma de combater esse problema é relativamente simples.
O estilo de vida repleto de urgências que causam depressão, estresse e ansiedade; tabagismo, obesidade, dislipidemia, hipertensão e a diabetes estão impactando a saúde sexual masculina. Dados mais recentes da literatura médica indicam que 50% dos homens maiores de 40 anos têm disfunção erétil e que, em 2025, 322 milhões de homens terão o problema no mundo. Já a ejaculação precoce atinge 40% do público masculino, independente da idade. 
No mês em que se comemora o Novembro Azul, vale lembrar que a forma de combater esse problema é relativamente simples e que as disfunções sexuais encontram tratamento na rede pública e privada, bastando que o paciente vença qualquer resistência e aposte na sua qualidade de vida.
De acordo com o chefe do serviço da Cardio Pulmonar e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o urologista Lucas Batista, quando o público masculino investe em cuidados simples, os resultados são surpreendentes e permitem que os homens desfrutem de uma vida sexual satisfatória por muito mais tempo. “Quando o paciente consegue se manter no peso, sair do sedentarismo, ter lazer que garanta a saúde física e mental, não consumir comida muito industrializada, reduzir o consumo de gorduras saturadas e evitar do hábito de fumar, ele cuida do coração e pênis, pois a capacidade vascular fica preservada”, explica o médico, lembrando que na maioria das chamadas disfunções sexuais, quem adoece não é o pênis, mas as artérias, que perdem a capacidade de elasticidade e relaxamento, ficando rígidas e com placas de gorduras, as chamadas ateroscleroses.
 “As artérias no pênis são finas, mas possibilitam um fluxo grande de sangue, que é o que permite a ereção, quando essas artérias adoecem, as disfunções surgem”, explica o médico, lembrando que cuidar da saúde sexual é bem semelhante aos cuidados com a saúde do coração.
Inimiga silenciosa.
A endocrinologista e professora da Universidade Federal da Bahia Ana Cláudia Ramalho explica que existem dois tipos de diabetes: o tipo 1 e o 2. Na primeira, o indivíduo nasce com a alteração metabólica e, como o organismo não produz insulina, o portador passa a ser dependente dessa substância para viver. O tipo 1 é a forma mais frequente da doença em indivíduos até os 18 anos. No tipo 2, a insulina não age bem e para compensar o organismo começa a tentar secretar mais insulina a ponto de criar uma exaustão e, por fim, deixar de produzir. “A glicemia alta pode ocorrer por anos e, lentamente, ir causando danos irreparáveis ao organismo”, esclarece a professora, ressaltando que o estilo de vida e o sedentarismo possuem uma grande responsabilidade para o desenvolvimento da patologia e suas complicações. Ana Cláudia destaca que a adoção de um estilo de vida saudável ajuda a retardar o diabetes tipo 2 nas pessoas que possuem predisposição genética. “Quando os médicos alertam para a necessidade da atividade física e de uma dieta mais saudável não se trata de um discurso limitador, mas de uma alternativa real e eficiente para evitar as inúmeras complicações advindas da doença”, explica a médica que é portadora do tipo 1 e que reconhece na própria rotina a necessidade de cada vez mais pessoas busquem o acompanhamento e a prevenção.
Paraísos artificiais.
Quando a prevenção deixa de ser feita e a disfunção sexual chega, a saída é apelar para os tratamentos. O urologista João Ricardo Figueiredo, do Centro de Medicina Reprodutiva(Cenafert) ressalta que os casos de disfunção sexual perdem apenas para os problemas protástico em termos de procura nos consultórios. “No caso da disfunção erétil, existem três linhas de tratamento: a medicamentosa, as injeções na haste peniana e a cirurgia para colocação de prótese”, esclarece, ressaltando que os casos precisam ser bem avaliados para que a indicação seja a mais adequada para cada um dos pacientes.
Lucas Batista destaca que no tratamento medicamentoso são usadas drogas facilitadoras da ereção, com resultados muito rápidos, a exemplo de drogas de nitrato (sildenafil,  vardenafil e  taladafil; e a apomorfina). “Quando a medicação não responde, a saída pode ser a bomba de vácuo, que é um dispositivo muito usado na Europa e Estados Unidos, mas pouco conhecido no Brasil. Ou ainda as injeções nos corpos cavernosos do pênis”, pontua, o médico.
Batista explica que estão disponíveis  três modelos no mercado: a semirrígida, que mantem o pênis sempre ereto, a de dois volumes e a de três volumes. Os valores dessa prótese pode variar de R$ 5mil a R$ 30 mil. 
Prevenção é a chave para conter avanço do diabetes.
Mais de 16 milhões de brasileiros (8,1%) sofrem com o diabetes e cerca de 72 mil pessoas morrem por ano no Brasil em virtude da doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. No dia 14 de novembro, o Dia Mundial e Nacional do Diabetes, é importante lembrar a necessidade de prevenção e controle.

A nutricionista Gabryella Batista, do Instituto Aliança, ressalta que alimentação e diabetes estão interligadas. Uma má alimentação pode causar o descontrole da doença e complicações como o comprometimento da função renal, cegueira, amputação de membros, alteração da capacidade de coagulação sanguínea dentre outras.Todos as pessoas com diabetes deverão ser orientadas a sempre levar consigo o monitor de glicose, bem como alimentos para o adequado tratamento da hipoglicemia, além de lembrar que os caboidratos precisam ser controlados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário