Um
estudo realizado pelo do Instituto
Max Planck para Cognição Humana e Ciências Cerebrais, em Leipzig, na
Alemanha, divulgado recentemente na revista "Nature", concluiu que
mulheres podem ter sua capacidade cerebral aumentada durante o período
fértil.
Segundo Claudia Barth, autora
responsável pelas pesquisas, isso se dá porque uma vez que os níveis de estrogênio
aumentam, a parte responsável pela memória, aprendizagem e emoções do cérebro,
o hipocampo, também aumenta seu volume.
"Nós descobrimos que, em paralelo com o
aumento nos níveis de estrogênio que levam a ovulação, o hipocampo também
aumenta de volume - o volume da massa cinzenta, bem como a da substância
branca", afirmou a pesquisadora.
Logo, percebeu-se também que,
à medida que os níveis de estrogênio voltaram a cair quando a mulher
começou a menstruar, a área do cérebro voltou ao tamanho normal. Para
embasar o estudo, foram realizadas ressonâncias magnéticas no cérebro de
uma mulher de 32 anos de idade, de dois em dois dias ao longo de dois ciclos
menstruais. Ao total, foram feitos 30 exames.
Os
pesquisadores acreditam que a descoberta será fundamental para compreender o
Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), distúrbio comum a muitas
mulheres e que provoca oscilações de humor, apatia e depressão durante o
período menstrual. Uma forma mais severa da Síndrome Pré-Menstrual (SPM), o
TDPM afeta uma em cada 12 mulheres, segundo os cientistas.
A
pesquisa argumenta ainda que quedas bruscas nos níveis de estrogênio têm sido
associados à depressão, principalmente em mulheres na menopausa e
pós-parto. "Para obter uma melhor compreensão da doença [TDPM], primeiro
temos que descobrir o ritmo mensal do cérebro de uma mulher saudável",
afirmou a especialista Julia
Sacher, co-autora da pesquisa.
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