FONTE: Redação/RedeTV! (www.redetv.uol.com.br).
Telegramas
divulgados recentemente revelaram que mais de 100 corpos de passageiros da
terceira classe do Titanic foram jogados ao mar para dar espaço aos corpos dos
passageiros da primeira classe após o naufrágio do navio.
Liberadas
agora pelo historiador americano Charles Haas, as cartas foram trocadas entre o
capitão Frederick Larnder, do navio de resgate Mackay-Bennett, e a companhia
White Star Line, que operava o Titanic.
Seu conteúdo,
até então escondido do público, registrou a surpresa da tripulação do navio de
resgate ao encontrar 334 corpos, muito acima do limite de espaço permitido.
Diante da difícil decisão de quais corpos priorizar, foi determinado que a
companhia deveria escolher os passageiros da primeira e segunda classe da
tragédia em detrimento aos passageiros mais pobres. Os corpos foram então
recuperados, embalsamados e devolvidos os seus familiares.
Ao todo, foram
116 dos 334 corpos jogados nas águas do Atlântico Norte, dentre eles também
membros da tripulação do navio britânico. Nos 181 telegramas descobertos, foi
revelado que os cadáveres foram separados por seus pertences e itens de valor
pessoal encontrados.
"Um
registro cuidadoso foi feito de todos as notas de dinheiro e valores
encontrados nos corpos. Não seria melhor enterrar todos no mar a não ser que
familiares solicitem que sejam preservados?", perguntou o capitão
Frederick em um dos telegramas.
Outras cartas
mostram ainda a preocupação dos funcionários da White Star Line em lidar com os
corpos que chegavam diariamente. As operações de resgate aos restos mortais das
vítimas se enceraram aproximadamente um mês após o naufrágio, em maio de
1912.
Segundo o
"Daily Mail", os telegramas foram mantidos por um funcionário da Cunard
Line, companhia que se fundiu à White Star Line em 1934 e chegaram ao
historiador Charlie em 1980. "A coleção se desenvolveu em um grande
detalhe do quão difícil foi o processo após o naufrágio. Eles mostram
abertamente o estresse imenso que estavam todos os envolvidos", contou o
especialista à publicação.
"Não era
particularmente um navio grande e assim o capitão teve que tomar decisões
difíceis quando ele foi confrontado com trazer 200 ou 300 corpos à bordo",
completou o americano, revelando que a estrutura social da época era diferente
da de hoje, motivo pelo qual não deveria olhar com maus olhos a decisão do
capitão em jogar no mar os corpos da terceira classe.
"O mundo
era muito diferente em 1912, com classes bem definidas e pouco se refletia sobre
priorizar uma pessoa rica em detrimento de uma pessoa pobre. Morta ou
viva", completou.
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