FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
Conheça os erros clássicos e as medidas mais
eficazes para reduzir as temidas gordurinhas localizadas.
Cobiçada
por muitos, a barriguinha sarada é unanimidade quando o assunto é boa forma.
Não é a toa que diariamente surgem dezenas de dietas que prometem acabar com os
temidos pneuzinhos. Porém, eliminar gordura localizada não é uma tarefa fácil,
especialmente levando em consideração o estilo de vida atual.
Muito
mais do que uma preocupação estética, essa questão é cada vez mais motivada
pela saúde: a circunferência abdominal é um importante indicador associado ao
risco de doenças, inclusive a diabetes.
Para
acabar com estes problemas é preciso saber que alguns erros do dia a dia se
escondem por trás da barriga saliente. Quer conhecer quais estratégias são
realmente eficazes para acabar com estes vilões? Então veja agora quais medidas
podem ser incorporadas ao cardápio para acabar com as indesejadas gordurinhas.
Dieta para mobilizar os estoques.
Alguns
fatores, principalmente genéticos, determinam a predisposição do ganho de peso.
Porém, quando se trata do acúmulo de gorduras, algumas medidas do dia a dia
podem influenciar significativamente sob a forma como nosso corpo mobiliza
esses estoques.
Dentre
eles, a dieta é substancial – de acordo com a nutricionista Sinara Menezes “O
cardápio é capaz de influenciar, principalmente, sob o metabolismo, tornando-o
mais lento ou mais rápido. Este é um dos fatores que vão colaborar para que o
organismo seja um queimador ou um estocador de gorduras”.
Para a
especialista, o estilo de alimentação atual é um dos maiores sabotadores da boa
forma, pois propicia um quadro favorável ao acúmulo de gordura localizada
“Grande parte da dieta moderna é baseada em alimentos que elevam a glicose do
sangue muito rapidamente. Este quadro estimula uma liberação acentuada de
insulina – o hormônio responsável por tirar o açúcar do sangue e leva-lo até as
células. Acontece que quando a insulina não consegue captar toda a glicose
(seja pela resistência ou pela ineficiência do organismo), ela precisa ser
armazenada como energia e uma dessas formas é, justamente, como gordura, no
tecido adiposo”.
Passe longe.
Massas e cereais refinados: alimentos como o arroz branco, o pãozinho francês e a
tradicional macarronada causam, justamente, os picos de insulina que favorecem
o ganho de medidas. “Carboidratos refinados, em geral, não são boas apostas
para quem deseja perder gordura localizada. Como a glicose é liberada muito
rapidamente, o organismo não vai dar conta de utilizá-la imediatamente e
certamente irá converter este açúcar em reserva de energia. Essa gangorra
glicêmica propicia, inclusive, um apetite exacerbado, fato que pode prejudicar
ainda mais quem precisa controlar a dieta.”
Alimentos inflamadores: Alguns alimentos, em especial, propiciam a inflamação
do tecido adiposo, fazendo com que as células de gordura fiquem ainda mais
inchadas e o organismo encontre mais dificuldade em utilizar essas reservas
como energia. “Alimentos ricos em gorduras saturadas e gorduras trans favorecem
a produção de citocinas, substâncias que podem agravar a inflamação desse
tecido. Para evitar, é importante diminuir o consumo de industrializados“.
- explica a profissional da Nature Center.
Exagerar no sal: Por
mais que pareça um clichê, o sal é muito mais do que um inimigo da barriguinha,
é também inimigo da saúde. E se você acha que não deve se preocupar com esse
fator, saiba que uma simples fatia de peito de peru pode conter mais de 1g de
sal. A OMS recomenda que o consumo desse condimento não ultrapasse os 5
gramas diários.
O sódio
aumenta o inchaço, propicia a retenção hídrica e piora a celulite. Mais um
sinal de alerta para os industrializados: o ingrediente é largamente utilizado
como realçador de sabor dos alimentos, pois estimula a liberação de dopamina no
cérebro, tornando os alimentos tão viciantes quanto o açúcar, propiciando o
exagero alimentar.
O que estaciona as gordurinhas: “Obviamente, além dos carboidratos refinados e do próprio
açúcar, deve-se evitar alimentos altamente processados. Grandes exemplos do que
deixar de lado para mobilizar estes estoques são: pães e massas brancas,
embutidos, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Estes alimentos até podem ser
consumidos vez ou outra, mas se o objetivo é ter um abdômen enxuto, não devem
fazer parte da rotina alimentar”.
Vá fundo.
Alimentos integrais: investir numa dieta mais natural é uma das medidas mais
eficazes para conseguir uma barriga lisinha. De acordo com Sinara, alimentos
menos processados, mais naturais possíveis são ricos em fibras, fato que além
de ajudar a controlar o apetite, reduz a absorção de gorduras no organismo.
“Por
sua complexidade, alimentos integrais são digeridos mais lentamente e liberam
glicose de forma gradativa no organismo. Isso evita os picos de glicose que
propiciam o ganho de peso, bem como prolonga a sensação de saciedade.
Justamente por isso, trocar cereais, grãos e carboidratos em geral por sua
forma complexa é uma das principais estratégias para quem quer perder medidas”.
Peixes e oleaginosas: Um ponto bastante relevante é o equilíbrio na oferta
de ácidos graxos, ou seja, gorduras saudáveis.
No caso
dos famosos Ômegas, especificamente, é preciso atentar para a oferta adequada
entre Ômega 3 e 6, algo raro na nossa alimentação atual: “quando o consumo do
tipo 6 está em desequilíbrio, a condição pró inflamatória do organismo é
agravada, algo muito comum no perfil alimentar moderno".
Portanto
é importante investir em alimentos ricos em Ômega 3, afim de aumentar seu aporte.
Peixes de águas profundas como atuam, salmão e sardinha são as principais desse
ácido graxo, porém, como nem sempre é possível checar sua procedência (o que
garante o aporte do nutriente), é possível apostar na linhaça, a chia e algumas
oleaginosas como alternativas de consumo.
Suplementos
também são uma opção, porém sob orientação profissional.
Força no metabolismo: é possível utilizar o cardápio como aliado do metabolismo,
fazendo com que o corpo precise de mais energia para se manter ativo.
Dentre
os alimentos naturais capazes de exercer essa função, é possível apontar a
cafeína, já famosa por seu poder estimulante, como alternativa para aumentar a
termogênese e facilitar a queima de gorduras do organismo.
E não
se limita ao tradicional grão: outros extratos naturais, como chá verde – rico
em antioxidantes – e a casca da laranja amarga – rico em sinefrida – tem
demonstrado eficácia na hora de mobilizar os estoques de gordura. “O chá verde
é rico em catequinas: compostos fitoquímicos que possuem propriedades
antioxidantes.
Estudos
apontam que sua ação beneficia o organismo não somente pela ação
anti-inflamatória, que por si só já melhora a resposta metabólica, mas
também por elevar o gasto basal. Já o extrato da pouco conhecida Citrus
Aurantium, também chamada de laranja amarga, possui alta concentração de
sinefrida, um agente lipolítico capaz de facilitar a utilização da gordura
armazenada como forma de energia.”
Porém,
existem ressalvas: por serem alimentos estimulantes, é fundamental buscar
orientação médica antes de incluí-los na dieta, além de, obviamente, evitar o
consumo acrescido de açúcar.
O que derrete os pneuzinhos: “Para mobilizar as reservas de energia: gorduras boas de
maneira equilibrada. Abacate, amêndoas, e alimentos ricos em Ômega 3.
Para
segurar o apetite e reduzir a absorção de gorduras: fibras e carboidratos
complexos – como o arroz integral e leguminosas. Por fim, para acelerar o
metabolismo, a cafeína, o chá verde a laranja amarga são boas alternativas para
turbinar o organismo.”
Nada de dietas radicais.
Apesar
de a alimentação ser a base para dar um choque no metabolismo, os exercícios
são fundamentais para manter essa taxa acelerada. Portanto, atividades
regulares devem fazer parte da rotina de quem deseja se livrar da barriguinha saliente.
Porém,
na hora de apostar no treino, não exagere na dieta: “ficar longos períodos sem
se alimentar e ainda assim tentar fazer atividades físicas, além de expor o
indivíduo a situações arriscadas, pode fazer com que o corpo entenda que está
passando por um período de escassez, e reduza ainda mais a taxa metabólica”.
A
nutricionista explica que quando isso acontece, mesmo com uma dieta regrada, o
organismo vai fazer um esforço para gastar o mínimo de energia, prejudicando
tanto o desempenho, quanto a própria queima de gordura. Justamente por isso,
uma das medidas essenciais para se despedir de vez dos pneuzinhos é reeducar a
alimentação, sem dietas radicais, mas com uma oferta qualificada de alimentos.
“Com os
alimentos adequados é possível dar um choque no organismo sem que seja preciso
passar fome. O importante é fazer as escolhas adequadas, capazes de propiciar a
energia necessária para mobilizar estes estoques e, ao mesmo tempo, manter o
organismo nutrido e saciado.”
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