FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Nesta segunda, dia e noite têm praticamente a mesma duração.
O
outono começa na próxima segunda-feira (20) no Hemisfério Sul, às 7h29, horário
de Brasília, enquanto no Hemisfério Norte, será o início da primavera.
A
estação começa com o equinócio de outono. Nesta segunda, dia e noite têm
praticamente a mesma duração. À medida que a estação avança, os dias ficam
menores e as noites maiores até o início do inverno, em 21 de junho.
“O que
marca as estações é o fato de o eixo de rotação da Terra estar inclinado em
relação ao plano de órbita do planeta. Se não fosse inclinado, todo o tempo
cada localidade teria a mesma quantidade de radiação solar chegando”, explica a
astrônoma Josina Nascimento, pesquisadora do Observatório Nacional (OB).
No
outono, os raios solares já não vão mais incidir diretamente no Hemisfério Sul,
mas começam a incidir de forma inclinada, diminuindo a quantidade de radiação
que chega. Por isso, o outono apresenta temperaturas mais amenas.
“Essa
diferença de temperatura é mais visível à medida que se está longe da Linha do
Equador. Quem está na Linha do Equador praticamente não vê diferença de
estação. Mas quanto mais ao Sul você está no Hemisfério Sul, ou mais ao Norte,
no Hemisfério Norte, essa diferença fica mais evidente. Para nós, do Rio de
Janeiro, que estamos nos trópicos, é praticamente verão o ano todo”, comentou a
astrônoma.
Transição.
De
acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o outono é uma estação de
transição entre o verão e o inverno e, por isso, no início da estação, os dias
ainda são quentes e há chuvas e, ao final do período, os dias começam a ficar
mais frios e a chuva diminui em algumas partes do país, anunciando a chegada do
inverno.
As
regiões Norte e Nordeste têm temperaturas mais frias durante o outono. O
trimestre março, abril e maio é chamado de inverno nessas regiões porque, em
função do aumento de chuvas, há maior nebulosidade, menos irradiação solar
chega para a Terra e a temperatura cai, mas não de forma abrupta.
Para o
Centro-Oeste e o Sudeste, incluindo nessa média histórica boa parte da Bahia, o
CPTEC indica que o outono é bem caracterizado como um período de transição
porque há uma estação chuvosa que se estende de outubro até abril do outro ano,
e uma estação seca, que vai de abril até meados de outubro. “Abril fica mais ou
menos no meio do outono. Então, tem a transição entre a estação chuvosa em que
a gente está agora e a estação seca para essas regiões”, disse a climatologista
do CPTEC/Inpe, Renata Tedeschi.
No caso
do Sul do país, a chuva ocorre o ano todo, mas durante o outono começam a ser
vistas temperaturas amenas. Renata Tedeschi lembra também que, durante o
outono, passam a ocorrer frentes frias com mais frequência. “Quando a gente tem
frente fria, pode ter chuva associada e queda de temperatura também”.
Em
relação às temperaturas outonais, a climatologista disse que principalmente nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o início do outono mostra temperaturas
ainda quentes, como no verão, mas “quanto mais próximo a gente está do inverno,
menor a incidência de raio solar e há temperaturas mais frias”.
Previsão.
O CPTEC
prevê que as temperaturas fiquem dentro da média histórica em grande parte do
Brasil, no trimestre março, abril e maio, com exceção de uma parte do Centro-Oeste,
do Sudeste e toda a Região Sul, mais o Cone Sul brasileiro, que devem ter
temperaturas oscilando um pouco acima da média histórica.
No
Nordeste, com exceção de quase toda a Bahia, o Maranhão e parte do Piauí, a
previsão é de chuva abaixo da média histórica. A tendência, disse Renata,
é piorar a grave situação de estiagem já existente na região.
Para o
nordeste da Região Norte, a previsão é de chuva acima da média histórica. No
noroeste da Região Norte, a previsão é chuva dentro da média, com possibilidade
de algumas áreas ficarem acima da média histórica.
No Sul
brasileiro, destacando o Rio Grande do Sul e o oeste de Santa Catarina, a
previsão é de chuva dentro da média histórica, podendo ficar um pouco acima em
algumas áreas.
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