Homens
que não tinham ereções após retirar a próstata conseguiram manter relações
sexuais recorrendo a um tratamento com células-tronco, revela um trabalho que
será divulgado neste sábado, em Londres.
Em
oito de 21 homens tratados foi possível reparar a disfunção erétil, apontam
resultados preliminares "promissores" da investigação realizada pela
equipe de Martha Haahr do hospital universitário de Odense (Dinamarca), que
será apresentado no Congresso da Associação Europeia de Urologia, em Londres.
Os
investigadores utilizaram células-tronco retiradas de gordura abdominal dos
pacientes por lipoaspiração para injetar no pênis, e seis meses após o
procedimento 8 dos 21 pacientes recuperaram função erétil suficiente para ter
atividade sexual, o que foi mantido durante um ano de observação.
Nenhum
dos 21 pacientes relatou efeitos colaterais significativos durante o período do
procedimento e no ano seguinte.
Segundo
Martha Haahr, "é a primeira vez que a terapia com células-tronco permite a
pacientes recuperar uma função erétil suficiente para ter relações
sexuais".
Os
resultados deste teste clínico de fase 1, destinado em um primeiro momento a
verificar a segurança do método, sugere a possibilidade de se tratar pacientes
que sofrem disfunção erétil por outras causas, como diabetes, destacam os
investigadores. "Mas trata-se de um teste limitado, sem um
grupo-controle", acrescentou Haahr.
A
equipe recebeu autorização das autoridades dinamarquesas para passar
diretamente a testes de fase 3 e avaliar a eficácia do método em um maior
número de pacientes operados de câncer de próstata, disse à AFP o doutor Lars
Lund, do hospital universitário de Odense, que participou do trabalho
apresentado em Londres.
O
teste autorizado envolve somente pacientes com continência urinária e será
comparativo. A incontinência urinária é um dos riscos da retirada total da
próstata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário