Você sabia que, assim
como a falta de higiene, o excesso de zelo pode provocar o efeito contrário? E
que cada mulher tem um aroma próprio --e que isso não deveria ser motivo de
vergonha ou pudor para ninguém? Veja 9 fatos que todo mundo deveria saber sobre
odor
vaginal:
1. Cada mulher tem o
próprio cheiro.
Assim como o odor
corporal varia de pessoa para pessoa, o cheiro de uma vagina nunca é igual ao
de outra. Seu resultado vem da eliminação natural de secreções e odores
resultantes do processo fisiológico de renovação celular. Na maioria das vezes,
é suave, pouco perceptível e pode mudar de intensidade e características de
acordo com as fases do ciclo menstrual.
2. O seu cheiro pode
mudar.
Além do ciclo
menstrual, vários fatores podem interferir no cheiro. Exemplos? Medicamentos,
calças muito apertadas, calcinhas de materiais que não sejam o algodão, hábitos
de higiene etc.
3. Produtos cheirosos:
usar ou não?
Há um jeito certo para
usar absorventes que neutralizam o cheiro, sabonetes íntimos e lenços
umedecidos. Os absorventes de uso diário devem ser de algodão, sem perfume e os
mais finos possíveis, para não abafarem a vagina e não provocarem irritações.
E, apesar do nome, os especialistas não recomendam usar todos os dias. Em
comparação aos comuns, os sabonetes líquidos têm o pH ácido semelhante à
vagina, o que é positivo para a região. O ideal é lavar só a parte externa (a
vulva), tendo o cuidado de higienizar entre os grandes e pequenos lábios e
enxaguar bem para retirar todo resíduo. Já os lenços umedecidos devem ser
usados esporadicamente só quando a mulher estiver fora de casa.
4. Cuidado com produtos
eróticos.
Cosméticos eróticos?
Use com moderação. O uso frequente de produtos sensuais como lubrificantes com
sabores e aromas específicos, hot balls e géis próprios para sexo oral merece
cuidado, pois podem alterar a flora vaginal e facilitar a proliferação de
bactérias e fungos patogênicas, ou seja, que causam infecções.
5. Não exagere na
higiene.
Assim como a falta de
higiene, o excesso de limpeza oferece danos. Conforme já foi dito, é importante
usar o sabonete líquido íntimo porque seu pH dificulta o crescimento de bactérias
que causam corrimento e mau cheiro. Deve-se lavar a região uma ou duas vezes
por dia, tendo sempre o cuidado de lavar a região genital antes das nádegas
para não trazer sujeira do ânus para a vagina. Durante a menstruação deve-se
lavar mais vezes. Por outro lado, o excesso de higiene também é prejudicial, já
que pode-se alterar a flora normal da vagina e facilitar o crescimento das
bactérias patogênicas que causam corrimento.
6. Duchas vaginais:
pode dispensar!
Muitas mulheres querem
ficar cheirosinhas antes ou depois de uma boa sessão de sexo e se sentem mais
seguras após recorrerem à ducha vaginal. Outras gostam de se limparem depois da
menstruação ou enxaguar um corrimento, mas nada disso é necessário, porque seu
corpo é capaz de eliminar naturalmente vestígios de sangue, sêmen e secreções.
Lavar-se exageradamente, usar produtos inadequados ou depilar-se quase que
totalmente são hábitos que causam um desequilíbrio no pH e na flora natural e
que podem levar a irritações, infecções ou micoses vaginais. Não é indicado
lavar internamente a vagina sem orientação médica.
7. Perfume na vagina?
Não, por favor!
Nada de usar papel
higiênico aromatizado ou talcos e fragrâncias para deixá-la mais cheirosa. Da
mesma forma, fuja de sabonetes muito perfumados, que podem causar coceira e
inflamação e provocar o efeito contrário ao desejado.
8. O cheiro típico da
vagina não deveria ser alvo de problematização.
Em outras palavras, as
pessoas precisam parar de ter vergonha e/ou dificuldade de aceitar que ela tem
um odor característico. Por mais civilizados e limpinhos que sejamos, exalamos
odores. Siga as dicas dos especialistas e fique tranquila. Quem tiver algum
pudor, azar.
9. O esperma pode gerar
odor ruim.
Sexo sem proteção com
frequência costuma alterar a flora normal da vagina, pois o esperma modifica o
pH ácido dela. Esse desequilíbrio causa a proliferação de bactérias anaeróbias
e, em especial, uma chamada gardnerella. Nessa circunstância, pode haver um
odor desagradável associado ao "cheiro de peixe".
*** FONTES: Alessandro
Scapinelli, ginecologista de São Paulo (SP); Antonio Pera, ginecologista e
obstetra da Clínica Pera, de São Paulo (SP); Caroline Alexandra Pereira,
ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana e endoscopia
ginecológica, da Clínica Viváter, de São Paulo (SP), e Cristina Carneiro,
ginecologista e obstetra, de São Paulo (SP).
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