Passar longos períodos
sentados durante a sua vida está ligados à atrofia cerebral, principalmente na
terceira idade, confirma pesquisa.
Por meio de testes com
a ressonância magnética, pesquisadores descobriram que o sedentarismo impacta
diretamente no afinamento do lobo temporal medial (MTL) e suas subestruturas.
Essa região do cérebro é responsável por diversas funções, como a memória a
longo prazo e a percepção auditiva, por exemplo.
Em contrapartida, a
pesquisa demonstra que a atividade física, mesmo que em níveis elevados, não
compensa os efeitos nocivos de ficar sentado por períodos prolongados. Por
isso, é preciso um trabalho de prevenção.
"Acredita-se que a
atrofia e os processos antineoplásicos associados ao declínio cognitivo começam
no lobo temporal medial. A formação do hipocampo e suas estruturas
circundantes, especificamente, são essenciais para a função da memória",
explica Prabha Siddarth, pesquisador do Instituto Semel de Neurociência e
Comportamento Humano da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), em
entrevista a revista acadêmica Medscape Medical News.
O que a pesquisa trouxe
de novidade é a descoberta de que ficar sentado por longos períodos reduz a
espessura dessas importantes estruturas cerebrais. Isso sugere que combater o
sedentarimo é importante não só para a sua saúde física, como tambem mental, principalmente
na vida adulta e para idosos.
"A gente constuma
dizer que 'sentar é o novo fumar' em relação à saúde geral", explica David
A Merrill, professor de Psiquiatria Geriátrica da UCLA.
Uma pesquisa realizada pela British Heart Foundation e
pelo grupo Get Britain Standing, em 2015, identificou
que 45% das mulheres e 37% dos homens ficam de pé menos de 30 minutos por dia
enquanto estão no escritório.
Para os médicos,
estudos como esses servem para incentivar hábitos saudáveis não só em casa, mas
também no trabalho, que motivem cada vez mais o cuidado físico e mental das
pessoas.
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