Elas são de América
Dourado e Itabuna (2).
O Prêmio Educador Nota
10, para a Educação Básica Brasileira, já tem seus 50 finalistas. A
lista conta com 3 projetos da Bahia, sendo 2 de Itabuna e 1 do município
de América Dourado.
Foram quase 5 mil
projetos inscritos, da Educação Infantil ao Ensino Médio, incluindo a Educação
de Jovens e Adultos (EJA), e realizados em escolas públicas e privadas de 17
estados.
Os trabalhos contaram
com a avaliação de especialistas em didáticas específicas, pesquisadores das
principais universidades do país, orientadores de graduação e pós-graduação,
além de formadores de gestores e de professores em suas respectivas
disciplinas.
Entre os projetos
selecionados, 11 são de Língua Portuguesa, seis de Matemática, seis de Educação
Infantil, quatro de História, quatro de Artes, quatro de Educação Física, três
de Geografia, três de Língua Estrangeira, três trabalhos conduzidos por
diretores e dois de Gestão. Sociologia, Biologia, Ciências e Filosofia, tiveram
selecionados um trabalho cada.
Por ciclo educacional,
são 16 do Ensino Fundamental 1, 12 do Ensino Fundamental 2, 11 do Ensino Médio
e seis da Educação Infantil.
A região do país melhor
representada entre os finalistas é a Sudeste, com 26 projetos (18 de São Paulo,
seis do Rio de Janeiro, um de Minas Gerais e um do Espírito Santo), seguida
pelo Sul e pelo Nordeste.
Os 10 melhores irão
receber um vale-presente no valor de R$ 15 mil, além de todas as despesas
pagas para participar de uma semana de imersão e da cerimônia de premiação,
marcada para setembro, em São Paulo. O Educador do Ano, escolhido pela Academia
de Jurados, recebe outro vale-presente no valor de R$ 15 mil. As escolas dos
professores vencedores também ganham uma verba para a celebração.
As professoras
baianas:
Ana Amália Castro.
Língua Portuguesa
Escola Manoel Augusto Dourado
América Dourado
Língua Portuguesa
Escola Manoel Augusto Dourado
América Dourado
O projeto - Como
se inicia o conto, quais são as características dos personagens, o que é
clímax, quais palavras marcam a passagem do tempo, como acontece o conflito e
está escrito o desfecho da narrativa? Essa análise de texto foi apenas uma das
etapas de um processo que envolveu as crianças de 5º ano na produção de contos
de assombração, bastante apreciados nessa faixa etária.
O projeto foi realizado
em uma pequena escola rural, com poucos livros de contos no acervo e acesso
recente à internet.
Durante 3 meses, Ana
Amália orientou os alunos por um percurso que incluiu formação de repertório,
discussão de modelos, planejamento, textualização e revisão.
A reescrita de um conto
escolhido levou-os a conhecerem melhor o gênero e se familiarizarem com os
desafios da produção textual.
Essa estreia na escrita
de textos literários originou um livro de contos de assombração.
Lilian Lima Pereira.
Filosofia
Centro de Educação Profissional em Biotecnologia e Saúde
Itabuna
Filosofia
Centro de Educação Profissional em Biotecnologia e Saúde
Itabuna
O projeto - Lilian
venceu um desafio: fazer com que estudantes do curso técnico de enfermagem
percebessem algum significado na filosofia. Encontrou o caminho ao
observá-los e notar como se relacionavam e como se percebiam. Primeiro,
abordou o conceito de identidade, corpo e corporeidade a partir do pensamento
de Foucault e os conceitos de liberdade e responsabilidade, segundo
Sartre.
Esses estudos
aconteceram por meio de leituras, muitas discussões, reflexões sobre suas vidas
e seus futuros profissionais. Os estudantes produziram narrativas
autobiográficas, vídeos, poemas, contos e dramatizações sobre a noção do corpo
constituindo-se “ser”, reconhecido e respeitado.
Vieram à tona
depoimentos que anunciaram e denunciaram situações de abuso e exploração vividos
por esses alunos e alunas.
O projeto transbordou
da sala para a escola, que estabeleceu parcerias com o Conselho Tutelar, o
Ministério Público e a Secretaria de Assistência Social da cidade de Itabuna.
Rosimeire dos Santos
Guerra.
Direção
Colégio Estadual Félix Mendonça
Itabuna
Direção
Colégio Estadual Félix Mendonça
Itabuna
O projeto - A
diretora refuta a ideia de enxergar a juventude como problemática, mesmo em uma
unidade antes dominada por tráfico de drogas, episódios de agressão e
destruição do patrimônio.
Sua atuação empodera os
jovens como sujeitos sociais, que precisam ser ouvidos e considerados na
escola, no trabalho e na política educacional.
Para Rosimeire, é
essencial saber para quem está sendo realizado o PPP (projeto político
pedagógico), pois isso determina quais e como serão suas ações.
Sua linha de gestão
envolve jovens e adultos nas tomadas de decisões; eles participam de jornadas
pedagógicas e de assembleias regulares em que representantes de classe relatam
o trabalho dos professores e indicam alunos que precisam de atenção na
aprendizagem e em questões pessoais.
Aproximar o processo de
ensino da realidade dos estudantes teve resultados impactantes: o IDEB de 2017
cresceu para 5,6 (em 2007 era 2,2); há mais leitores por conta de projetos de
leitura; aumentou o número de alunos ingressando em universidades públicas e as
famílias e a comunidade passaram a valorizar os esforços da equipe escolar.
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