Canonizar é colocar o
nome no cânone (lista) dos santos.
Roma, 1 de julho de
2019, segunda-feira, 10h. Na Sala Clementina do Palácio
Apostólico Vaticano, em Roma, o papa Francisco presidiu a celebração da
Terceira Hora e o Consistório Ordinário Público para a Canonização da
Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.
A cerimônia marcou a
canonização de Irmã Dulce para o dia 13 de outubro (a terceira mais rápida da
Igreja. As outras foram a do papa João Paulo e a de Madre Teresa de
Calcutá).
Santa canonizada é
aquela sobre quem o Papa, baseado em depoimentos, declara oficialmente que está
no céu e pode ser venerada publicamente.
Santo não canonizado é
aquele que se considera estar no céu mas sobre o qual não houve qualquer
pronunciamento oficial do Vaticano.
Canonizar é colocar o
nome no cânone (lista) dos santos, uma exclusividade do Papa por decisão de
Gregório IX em 1234.
As normas encontram-se
na constituição apostólica Divinus perfectionis Magister (25 de Janeiro de
1983) de João Paulo II, e fazem parte das resoluções traçadas pela Congregação
para as Causas dos Santos.
As 15 etapas de uma
canonização.
1. Fiel católico morre
com fama de santo ou mártir
2. Um bispo diocesano investiga sua autenticidade
3. Um bispo dá início à causa de beatificação
4. A Conferência Episcopal apoia o início da causa
5. Tem início o processo no Vaticano
6. O candidato a beato ganha o título de Servo de Deus
7. Comissões de especialistas examinam a causa
8. O Vaticano reconhece virtudes heroicas do Servo
9. O Servo ganha o título de Venerável
10. Uma intercessão por um milagre é comprovada
11. Parecer é encaminhado ao Papa
12. O Papa beatifica o Venerável, que ganha o título de Beato
13. Uma intercessão por um segundo milagre é comprovada
14. O Papa canoniza o Beato
15. O Beato ganha o título de Santo
Maria Rita de Sousa
Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, segunda
filha de Dona Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes e de Augusto Lopes
Pontes, dentista e professor da Universidade Federal da Bahia, que nos anos
1920 saía pela cidade atendendo famílias sem condições de pagar um tratamento
dentário.
O avô paterno, Manuel
Lopes Pontes, nasceu em Santo Amaro em 1845. Político, advogado,
professor e militar, fundou o Colégio Santo Antônio na rua direita de
Santo Antônio além do Carmo e foi um dos idealizadores do "Monumento aos
Heróis do 2 de julho" sendo o tesoureiro da obra, 1895. Ele também
comandou o 5º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, em 1897, no governo
Luiz Viana, época da Guerra de Canudos.
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