O economista
Chateaubrian Bandeira Diniz Filho foi condenado na quarta-feira, dia 10, a 30
anos de prisão pelo assassinato da ex-mulher, Mariana Marcondes, crime que
aconteceu em setembro de 2016. Na presença dos filhos pequenos, o homem atacou
a mulher com 19 facadas, matando-a no local e fugindo.
Na condenação ficou
entendido que o crime foi praticado por motivo torpe, usou meio cruel e
impossibilitou a defesa da vítima e ainda ocorreu pela condição de mulher da
vítima, o que caracteriza o feminicídio.
A juíza Marcela Raia
Sant'Anna, do 1º Tribunal do Júri, destacou que o acusado praticou crime
gravíssimo e lembrou que ele já havia sido condenado por crime anterior contra
a mesma vítima, "evidenciando sua periculosidade concreta e a necessidade
da prisão para acautelar o meio social, garantindo-se a ordem pública".
Em setembro de 2016, os
PMs foram acionados pela irmão da vítima, que ligou avisando que há dois dias
já não tinha informações dela. Um chaveiro foi chamado para abrir a porta do
apartamento e, quando entraram, encontraram a mulher morta, com ferimentos na
cabeça e na barriga.
Mariana e o ex-marido
foram vistos pela última vez em um churrasco no condomínio em que moravam, no
Belém, bairro da zona oeste de São Paulo. Eles teriam se desentendido e, em
seguida, saíram da festa. Segundo relato de parentes, Mariana e o ex-marido
voltaram a se encontrar há cerca de um mês após a separação. "Eles tinham
uma relação conturbada. Ele já tinha batido nela e até sido condenada pela Lei
Maria da Penha", disse na oportunidade o irmão da vítima, Maurício Marcondes.
Segundo as
investigações da polícia, depois da matar a ex-mulher, o consultor foi para o
Rio de Janeiro junto com os filhos de 6 e 9 anos. As crianças foram deixadas
com os avós. Ele chegou a ser considerado foragido da Justiça e teve a prisão
temporária decretada. Depois, entregou-se e a Justiça chegou a conceder a
liberdade provisória. Agora, deverá recorrer da condenação enquanto permanece
preso.
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