Paulo Sérgio Ferreira,
37 anos, suspeito de assassinar com 12 facadas o
mestre de capoeira Moa do Katendê, de 63 anos, em 8 de outubro do ano passado,
vai a júri popular no dia 11 de setembro deste ano, às 8h30, no Fórum Ruy
Barbosa. Conforme informações do Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA), a sessão
foi estabelecida na última terça-feira. Ele será julgado por homicídio
duplamente qualificado por intenção fútil e impossibilidade de defesa da
vítima.
O TJ-BA já havia
divulgado, em abril passado, que Paulo Sérgio iria a júri popular, mas a data
ainda não tinha sido definida. Sérgio tornou-se réu após a Justiça aceitar a
denúncia do Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA) no dia 22 de outubro
de 2018.
Conforme informações do
promotor de Justiça do MP-BA, Davi Gallo, a
pena terá um acréscimo por conta da idade de Moa. "A
Constituição Federal prevê que os crimes dolosos contra a vida sejam sempre
julgados por tribunal popular. O juiz que fundamenta essa decisão, mas eu não
creio que essa pena passe de 25 anos de reclusão", frisou.
O julgamento será
presidido pela juíza Gelzi Maria Almeida e o promotor Cássio Marcelo Santos. O
suspeito que está detido em regime fechado, sendo condenado, dependendo do
recurso ou não, pode ser encaminhado para a Penitenciária Lemos de Brito, na
capital baiana.
"Por ser um caso
que movimentou o mundo, além de ter tido tramitação rápida na Justiça, fiquei
muito feliz. Vamos dar um basta e solucionar esse caso. Que seja feita
Justiça" disse a filha de Môa, Jesse Mahi.
Relembre o caso.
O mestre de capoeira e
compositor Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, foi morto
a facadas na noite de 7 de outubro de 2018. O crime aconteceu após uma
discussão sobre política no Bar do João, no Engenho Velho de Brotas, em
Salvador.
O autor do crime, Paulo
Sérgio, eleitor do então candidato à presidência Jair Bolsnaro, não concordou
com a posição política de Moa, que era contrária e estava com um grupo que
votava no PT. O criminoso foi em casa, pegou uma faca e desferiu 12 golpes
contra a vítima. Sérgio foi preso e confessou o crime à polícia, segundo
informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
*Sob
a supervisão da editora Meire Oliveira.
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