Especialista comenta os
principais sintomas e como evitar a sobrecarga no coração.
A falta de ar é um dos
principais sintomas da insuficiência cardíaca, uma doença em que
o coração não consegue bombear o sangue necessário para o corpo inteiro.
Quando cansado e
sobrecarregado, o órgão não trabalha corretamente e acaba não dando conta do
recado, e a circulação sanguínea fica comprometida, desencadeando uma série de
sintomas, como a fadiga e a dificuldade em respirar.
Segundo levantamento da
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), são mais de 2 milhões de casos de
insuficiência cardíaca por ano no Brasil.
Segundo o cirurgião
cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio
Pires Júnior, a insuficiência cardíaca é uma doença silenciosa.
“A maioria dos
pacientes não identificam os sintomas nos primeiros estágios da
doença, pois acreditam que a fadiga e a falta de ar aconteçam devido ao
envelhecimento. E não se dão conta de que estes sintomas podem significar que
há algo de errado com o coração”, comenta.
Nos primeiros estágios
da doença, é comum que o paciente se sinta sem fôlego após algumas atividades
mais intensas, como jogar bola, ou a prática de exercícios físicos.
Com o avanço da
insuficiência, a falta de ar ocorre até em atividades simples do cotidiano,
como escovar os dentes, subir escadas e até mesmo se deitar.
“Isso acontece
devido ao baixo fluxo sanguíneo. É por isso que pessoas com insuficiência não
conseguem ficar tanto tempo deitadas, pois há um tipo de congestionamento no
sangue que vai para o pulmão e o que volta para o coração, causando a falta de
ar”, explica o especialista.
Insuficiência cardíaca
acontece apenas em idosos?
Embora os idosos
sejam o grupo etário mais atingido pela doença, a insuficiência
cardíaca pode acontecer em qualquer idade, dependendo principalmente do estilo
de vida que se tem.
“Quando envelhecemos,
sofremos alterações no coração que fazem com que os batimentos cardíacos não
sejam tão eficazes. Porém, a insuficiência pode também aparecer
repentinamente, sem ter a idade como um dos fatores”, conta Élcio.
Apesar da gravidade da
doença, o cirurgião cardiovascular não recomenda que o paciente deixe de
praticar atividades físicas.
“Os exercícios são
benéficos ao coração: relaxam os vasos e melhoram o fluxo sanguíneo,
podendo ajudar as pessoas que sofrem com a doença. Desde que a consulta com o
cardiologista esteja em dia, exercícios de baixo impacto são muito bem
recomendados a esses pacientes, como a caminhada e o yoga”, incentiva o
médico.
Para evitar a
insuficiência cardíaca, é preciso tomar vários cuidados com o organismo em
geral.
“A prevenção da
insuficiência é a mesma para todas as outras doenças cardiovasculares. É
preciso focar em uma boa alimentação, acompanhado de exercícios físicos
diários, e deixar de lado todos os hábitos prejudiciais à saúde.
Os principais fatores de risco para as complicações cardíacas são o tabagismo,
o sedentarismo, maus hábitos alimentares, hipertensão, alto colesterol e
diabetes desregulada”, finaliza o cirurgião.
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