FONTE: Da Redação, http://atarde.uol.com.br/
Cerca de 100 mil
trabalhadores dos Correios em todo o Brasil devem entrar em greve por tempo
indeterminado a partir da noite do dia 17 de agosto. A categoria protesta
contra o acordo coletivo de trabalho oferecido pela estatal. Uma nova
assembleia no dia 16 deverá oficializar a paralisação das atividades.
A greve foi
definida em reuniões realizadas pela Federação Nacional dos Trabalhadores em
Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e outras entidades da
categoria na terça-feira, 4. Entre os principais pontos de reivindicação
estão a retirada de 70 direitos do atual Acordo Coletivo, com vigência de dois
anos (até 2021), como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença
maternidade de 180 dias e auxílio creche, entre muitos outros.
Segundo a estatal, a
mudança dos benefícios está de acordo com o estabelecido pela CLT. O pacote
prevê uma redução de R$ 600 milhões por ano dos cofres públicos
O sindicato reclama
também das condições de trabalho. “Empresa não promove concurso público para
garantir o funcionamento adequado dos Correios, e expõe a vida dos
trabalhadores e clientes. Apesar de alegarem gastos vultuosos com equipamentos
de segurança, em muitas agências, principalmente no interior do país, esse
material nunca apareceu”, afirmou a Fentect em nota.
Privatização.
O movimento ocorre em
meio à pressão para a privatização da estatal. Em junho, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, afirmou que os Correios devem entrar na lista de vendas
do governo federal para este ano, que ainda inclui a Eletrobrás, o Porto de
Santos e a Pré-Sal Petróleo.
Para privatizar os Correios como um todo seria preciso aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com apoio de três quintos dos parlamentares na Câmara e Senado, em dois turnos. Com um grande passivo trabalhista, a empresa tem mais de 100 mil empregados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário