FONTE: Poliana Antunes,, Salvador, https://www.trbn.com.br/
Número
de fumantes aumentou durante a pandemia.
Apesar de todos os
tabus na hora de falar sobre câncer de pulmão, ele é o segundo mais comum no
Brasil, e ainda, o primeiro em todo o mundo, tanto em incidência quanto em
mortalidade. É o que mostra os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O
órgão estima que na Bahia, quase 2 mil casos novos da doença sejam
diagnosticados este ano. Em Salvador, esse número chega a 340 casos.
De acordo com a
oncologista Clarissa Mathias, o tabagismo é a principal causa da doença. “O
risco de ocorrência do câncer de pulmão e de morte pela doença aumenta quanto
maior a intensidade da exposição ao tabagismo. A mortalidade por câncer de
pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca
fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior”, explicou.
SINTOMAS.
Segundo a especialista,
os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado, mas
algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam sintomas
como, tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, perda de
peso e de apetite, entre outros.
“A detecção precoce do
câncer através do rastreamento, (exames periódicos), é uma estratégia para
encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de
tratamento. A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames
clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas
sugestivos da doença”, frisa Clarissa.
TABAGISMO.
Um estudo da Fundação
Oswaldo Cruz realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e
a Universidade Estadual de Campinas aponta que o consumo de cigarro no Brasil
aumentou durante a pandemia do novo coronavírus. Cerca de 34,3% dos
entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por
dia durante a pandemia, 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20
ou mais cigarros.
De acordo com os
pesquisadores, a falta de perspectiva, as incertezas e o estresse gerados pela
pandemia são alguns dos fatores apontados para aumento do consumo de cigarro.
“O tabagismo traz consequências graves aos fumantes, que integram o grupo de
risco da Covid-19. Esta população é mais suscetível a desenvolver doenças
cardíacas e pulmonares, que estão entre os principais fatores de risco
associados à mortalidade pelo novo coronavírus”.
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