domingo, 9 de agosto de 2020

INCA ESTIMA 2 MIL CASOS DE CÂNCER DE PULMÃO NA BAHIA ESTE ANO...

FONTE: Poliana Antunes,, Salvador, https://www.trbn.com.br/

Número de fumantes aumentou durante a pandemia.

Apesar de todos os tabus na hora de falar sobre câncer de pulmão, ele é o segundo mais comum no Brasil, e ainda, o primeiro em todo o mundo, tanto em incidência quanto em mortalidade. É o que mostra os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O órgão estima que na Bahia, quase 2 mil casos novos da doença sejam diagnosticados este ano. Em Salvador, esse número chega a 340 casos.

De acordo com a oncologista Clarissa Mathias, o tabagismo é a principal causa da doença. “O risco de ocorrência do câncer de pulmão e de morte pela doença aumenta quanto maior a intensidade da exposição ao tabagismo. A mortalidade por câncer de pulmão entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram, enquanto entre ex-fumantes é cerca de quatro vezes maior”, explicou.

SINTOMAS.

Segundo a especialista, os sintomas geralmente não ocorrem até que o câncer esteja avançado, mas algumas pessoas com câncer de pulmão em estágio inicial apresentam sintomas como, tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito, rouquidão, perda de peso e de apetite, entre outros.

“A detecção precoce do câncer através do rastreamento, (exames periódicos), é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença”, frisa Clarissa.

TABAGISMO.

Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas aponta que o consumo de cigarro no Brasil aumentou durante a pandemia do novo coronavírus. Cerca de 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante a pandemia, 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros.

De acordo com os pesquisadores, a falta de perspectiva, as incertezas e o estresse gerados pela pandemia são alguns dos fatores apontados para aumento do consumo de cigarro. “O tabagismo traz consequências graves aos fumantes, que integram o grupo de risco da Covid-19. Esta população é mais suscetível a desenvolver doenças cardíacas e pulmonares, que estão entre os principais fatores de risco associados à mortalidade pelo novo coronavírus”.

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