FONTE:,https://www.redetv.uol.com.br/
Explosão na última
terça-feira (4) deixou mais de 100 mortos.
As autoridades do Líbano já sabiam
desde 2014 sobre o perigo de armazenar uma enorme quantidade de nitrato
de amônio em um hangar no porto de Beirute,
que foi destruído em uma explosão que deixou mais de 100 mortos na última
terça-feira (4).
Segundo documentos
obtidos pela rede Al Jazeera, funcionários alfandegários enviaram ao menos
cinco cartas à Justiça entre 2014 e 2017, questionando o que fazer com a carga,
que havia sido apreendida no fim de 2013.
O presidente do Líbano,
Michel Aoun, disse que a explosão foi causada por um incêndio em um depósito
que armazenava 2.750 toneladas de nitrato de amônio, composto químico usado
tanto em fertilizantes e inseticidas como em explosivos.
"À luz do grave
perigo ligado à estocagem dessas mercadorias em condições climáticas
inadequadas, reafirmamos nosso pedido para a agência marítima reexportar
imediatamente tais mercadorias para preservar a segurança do porto e daqueles
que ali trabalham, ou então tentar aprovar sua venda", diz uma carta
obtida pela Al Jazeera.
A carga teria chegado
ao Líbano pelo navio Rhosus, que tem bandeira da Moldávia, mas pertence ao armador
russo Igor Grechuskhkin. A história foi contada ainda em 2014 pelo site Ship
Arrested, que diz que a embarcação zarpara da Geórgia em setembro de 2013, com
destino a Moçambique.
Durante uma parada no porto de Beirute por problemas técnicos, as autoridades libanesas fizeram uma inspeção e descobriram a carga de nitrato de amônio, impedindo o prosseguimento da viagem. As causas da explosão ainda estão sendo investigadas, mas o presidente Aoun chamou de "inaceitável" a lentidão das autoridades para lidar com a substância.
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