FONTE: , Jonas Valente, com informações de Mariana
Tokarnia / Agência
Brasil, http://atarde.uol.com.br/
O Dia Mundial
do Braile é comemorado nesta segunda-feira, 4. A data foi instituída para
chamar a atenção da sociedade sobre a importância de assegurar formas de
inclusão de deficientes visuais também na escrita e no acesso a livros.
Os dados
oficiais mais recentes sobre a presença de deficientes visuais no Brasil são do
Censo de 2010. Segundo o levantamento, cerca de 24% da população tinham algum
tipo de deficiência naquele momento, o que correspondia a 46 milhões de
brasileiros.
A visual é a
modalidade mais comum. Se consideradas pessoas com qualquer tipo de
dificuldade, o número de cidadãos com algum grau de problema para enxergar
chega a quase 20%.
Se
considerados aqueles que não conseguem ver de forma alguma ou que têm grande
dificuldade, o índice cai para 3,4%, o equivalente a 6,5 milhões de pessoas.
Desse total, 582,6 mil são incapazes de enxergar.
De acordo com
o Relatório Mundial sobre Visão 2019, da Organização Mundial da Saúde (OMS),
2,2 bilhões de pessoas têm algum tipo de deficiência visual, sendo 1 bilhão com
uma condição que poderia ser prevenida ou tratada.
Ainda conforme
a OMS, a incidência de deficiência visual é quatro vezes maior em países de
rendas baixa e média do que nas nações mais ricas.
O Sistema
Braile é uma alternativa para que pessoas enquadradas nessas situações possam
entrar em contato com a leitura. Assim, o método contribui para a inclusão em
uma das principais formas de registro e aquisição de conhecimento, a escrita.
O Sistema
Braile foi criado pelo francês Louis Braille, em 1925. Cego após um acidente na
oficina do pai, adaptou métodos utilizados por soldados franceses para
comunicação noturna. A versão final foi apresentada por ele em 1837.
O sistema é
baseado em pontos com relevo em papéis, que são apreendidos por meio do contato
com a ponta dos dedos. Por meio da combinação de seis pontos, é possível fazer
até 63 caracteres diferentes.
Segundo a
União Mundial de Cegos, apenas 5% dos livros em todo o mundo são transcritos
para o Braile. Em países mais pobres, esse percentual cai para 1%.
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