FONTE: , Eduardo Nunes, https://www.msn.com/
26 de abril marca o dia Nacional de Prevenção e
Combate à Hipertensão. Por isso, convidamos o cardiologista Doutor Roberto Yano
para nos explicar o que é essa doença. Além disso, o especialista nos mostra
como podemos saber que estamos neste quadro e o que fazer para evitar maiores
problemas nesse caso.
“São
considerados hipertensos pacientes com medidas ≥ a 140 mmHg da pressão arterial
sistólica (PAS) e/ou 90 mmHg da pressão arterial diastólica (PAD), e que ocorra
pelo menos 2 medidas em dias diferentes. É importante saber também o valor para
os pré-hipertensos, que são valores de PAS ≥ 130 mmHg e/ou PAD ≥ 85 mmHg, pois
sabemos que já nesse estágio ocorre um risco maior de se desenvolver doenças
cardiovasculares como infarto ou derrame cerebral”, conta.
3 formas de identificar a
hipertensão.
1)
Assintomático: a grande
maiores dos pacientes descobrem que são hipertensos em consulta médica.
Dificilmente a hipertensão dará algum tipo de sintoma clínico. Pois é uma
doença silenciosa. Logo, quando os sintomas aparecem é porque já pode ter
ocorrido lesão de órgão-alvo e a situação já está grave.
2)
A náusea, o vômito e a dor de cabeça: podem ocorrer em casos de pressão arterial mal
controlada.
3)
Visão turva, alucinações visuais, confusão mental, coma, crises
convulsivas generalizadas: ocorrem
em casos extremos e decorrentes de edema cerebral secundário a hipertensão
arterial grave. Podem ocorrer quando PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mmHg. São
sintomas raros, no entanto quando ocorrem costumam ser graves. Por isso,
requerem a internação imediata do paciente, sendo muitas vezes necessário o
tratamento em unidade de terapia intensiva.
Como reverter o quadro?
O
médico nos apresentou 5 maneiras para driblar a hipertensão.
1)
Exercitar-se: é importante
realizar exercício físico, pelo menos 150 minutos por semana;
2)
Manter-se no peso adequado: sabemos
que a pressão alta está diretamente associada ao peso. Pacientes acima do peso
tendem a ter a pressão arterial mais elevada. Então, o ideal é manter o IMC
menor a 25 mg/m²;
3)
Ter uma dieta balanceada: a
dieta DASH foi a dieta que se mostrou mais eficaz no controle da hipertensão.
Deve-se aumentar o consumo das frutas, das hortaliças, dos laticínios com baixo
teor de gordura e os cereais integrais. Além disso, o consumo moderado das
oleaginosas e redução no consumo das gorduras, dos doces e das bebidas com
açúcar e carnes vermelhas também é importante;
4)
Não fumar: o cigarro além de elevar a pressão arterial, pode acelerar o
processo da aterosclerose e levar o paciente ao infarto e ao derrame cerebral
precocemente. Além disso, é causa de muitas outras doenças como o câncer e
doenças pulmonares;
5)
Redução do sódio: deve ser
restrito ao uso de 2g por dia, o que equivale a 5g de sal por dia;
Por
fim, algumas pessoas que sofrem com a hipertensão vão precisar de medicações,
mesmo mudando o seu estilo de vida. “São pacientes que mantém os níveis
elevados de pressão arterial mesmo após a adoção das demais medidas. Há também
casos em que o médico já deve iniciar precocemente o uso de anti-hipertensivos
a depender do risco cardiovascular do paciente”, conclui Roberto Yano.
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