FONTE: , Julia Natulini, https://www.msn.com/
Nesta
segunda-feira, 26 de abril, é considerado o Dia Nacional de Prevenção e Combate
à Hipertensão Arterial. O propósito é conscientizar a população da importância
em tratar a doença.
A
hipertensão, na grande maioria dos casos, não tem cura, mas pode ser
controlada. É importante destacar como a doença se manifesta, quais fatores
levam o indivíduo a desencadeá-la e como é possível tratar.
Dr.
Carlos Gun, cardiologista e professor do curso de Medicina da Universidade
Santo Amaro, explica que a hipertensão é assintomática e muitas vezes o
paciente só descobre em alguma situação de estresse ou esforço em que a pressão
pode se elevar e gerar complicações como o Acidente Vascular Cerebral (AVC).
“Para
detectar a hipertensão é necessário realizar exames periódicos pelo menos duas
vezes ao ano, medir a pressão arterial e fazer uma avaliação médica”, explica o
médico.
Segundo
o Dr. Carlo Gun, estão inclusos entre os fatores que contribuem para o
surgimento da pressão alta a obesidade, sedentarismo, colesterol alto, diabete,
hábitos não saudáveis como o tabagismo, consumo exagerado de sal e gorduras
ruins.
Todas
essas questões somadas, muitas vezes a uma predisposição do paciente devido à
genética, são justificativas para o aparecimento da doença.
Como
tratar.
Para
controlar a pressão arterial é fundamental mudar o estilo de vida, incluir na
rotina exercícios aeróbicos regulares, controlar a obesidade e níveis de
açúcares no sangue e não fumar. Outra alternativa que muitas vezes faz parte do
tratamento é tomar medicamentos, como Beta Bloqueadores, e inibidores da enzima
para reduzir complicações cerebrais, cardíacas e renais.
O
indivíduo deve tomar o remédio recomendado pelo cardiologista e não parar por
conta própria. “Muitas vezes o que acontece é que como ele não sente nada ou
melhora, imediatamente para de tomar por conta e a partir disso o tratamento
não faz efeito”, comenta o cardiologista.
Hipertensão
na gravidez.
É
comum a mulher grávida reter líquido e ganhar peso de maneira rápida, o que
causa maior tendência em desenvolver pressão alta, principalmente nos três
últimos meses. O edema da paciente grávida no final da gestação é chamado de
pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, que é quando os níveis pressóricos sobem de uma
forma grave com risco tanto para a mãe como para o feto.
As
dicas para as grávidas são basicamente as mesmas que são recomendadas para as
outras pessoas: alimentação saudável, controle de fumo e estresse, caso seja
diabética o indicado é controlar a gravidez inteira e tentar praticar exercícios
moderados para contribuir com a boa gestação.
Qual
a importância desta data?
Para
a Dra. Nicolle Queiroz, cardiologista, hoje é o dia especial que tem como
objetivo lembrar o quanto essa doença pode ser mortal, silenciosa e
assintomática. “Além disso, uma das razões para essa data é promover a educação
preventiva, mostrar à população o que é pressão alta e a necessidade de
realizar exames periódicos antes que o caso fique mais grave e o paciente
comece o uso de medicamento”, destaca Nicolle.
“Nós,
cardiologistas, preferimos sempre não recomendar o uso do remédio. Primeiro
reforçamos a orientação alimentar, perda de peso, incentivamos as mudanças de
hábitos e, caso não resolva, receitamos o medicamento ideal”, finaliza a
cardiologista.
Hipertensos
devem se vacinar contra a Covid a partir de maio.
Vale
ressaltar que a hipertensão arterial é uma das doenças que mais matam no
Brasil. 30% dos brasileiros são hipertensos. Quando se fala de COVID, é
possível relacionar com o risco maior que esse grupo possui.
A
pressão alta, na maioria das vezes, está associada a comorbidades como diabetes
e problemas no coração. Devido a essa relação, existe riscos mais graves da
covid-19 aos hipertensos.
Por
esse motivo, essas pessoas são as próximas da lista dos prioritários para
receber a vacina contra a Covid-19, de acordo com o Plano Nacional de
Imunizações (PNI).
A
vacinação desse grupo, que totaliza mais de 17 milhões de brasileiros
oficialmente, deve começar em maio.
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