FONTE: , Maria Tereza Santos, https://www.msn.com/
O que é o diazepam e para que serve.
O diazepam é
um medicamento ansiolítico da classe dos benzodiazepínicos,
administrado via oral ou por injeção. Ele é usado principalmente contra
convulsões provocadas por certas condições ou transtornos de ansiedade, além de atuar como coadjuvante no tratamento de
problemas neurológicos.
Essa
é uma droga de tarja preta, vendida apenas com uma
receita médica especial que fica retida na farmácia. Isso porque, se ingerida indevidamente,
traz danos sérios à saúde e dependência, como falaremos abaixo.
Como funciona o diazepam.
A
farmacêutica Taís Freire Galvão, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade
Estadual de Campinas (FCF/Unicamp),
explica que o remédio interage com receptores no cérebro que acabam inibindo a
atividade das células. Ele freia o ritmo da massa cinzenta, assim por dizer.
“É
por isso que o indivíduo chega a ficar sonolento. O medicamento afeta inclusive
o controle respiratório e outras funções vitais”, relata.
Ao
reduzir o ritmo de trabalho do cérebro, o diazepam pode acalmar a mente, o que
é útil em transtornos de ansiedade. Ou conter as descargas elétricas dos
neurônios, atenuando crises convulsivas.
Quais são os efeitos colaterais do
diazepam?
O
principal risco é a dependência, que
ocorre quando utilizado por um período prolongado. Aliás, a eficácia dos benzodiazepínicos
diminui quanto maior o tempo de uso.
“Ao
interromper o tratamento, o paciente pode sentir abstinência”, alerta Taís.
Essa fissura, aliás, é comumente confundida com uma crise de ansiedade, o que
faz a pessoa voltar a tomar o diazepam, gerando um círculo vicioso. O
acompanhamento próximo de um especialista no manejo das doses é fundamental
para diminuir esse risco.
Além
disso, o fármaco pode gerar erupções na pele, sensação do paladar alterada,
perda de equilíbrio ou coordenação motora, tontura, dor de cabeça, sonolência,
euforia, sangramento, congestão e irritação nasal.
Quais as contraindicações.
A
orientação mais importante é: nunca tome o diazepam sem uma indicação formal de
um especialista. Esse remédio só entra em cena em situações específicas. Fora
isso, ele não deve ser receitado para:
- Gestantes
- Mulheres que estão amamentando
- Pessoas com glaucoma
- Pacientes com insuficiência
hepática, renal ou respiratória
- Indivíduos diagnosticados com
apneia do sono
- Idosos
- Crianças até os 12 anos
- Alérgicos a qualquer componente da
fórmula
Quais as interações medicamentosas.
O
diazepam interage com uma série de remédios e substâncias:
- Opioides
- Antidepressivos
- Hipnóticos
- Antipsicóticos
- Anticonvulsivantes
- Antifúngicos
- Antialérgicos
- Remédios usados no tratamento de
HIV
- Relaxantes musculares
- Omeprazol
- Isoniazida
- Dissulfiram
- Rifampicina
- Teofilina
- Vitamina C
Certas
combinações podem sabotar o tratamento, ou potencializar as reações adversas.
São tantas interações possíveis que é absolutamente necessário abrir o jogo com
o médico sobre tudo o que estiver consumindo.
Quais os cuidados durante o
tratamento.
Como
você pode ver, há uma necessidade de atenção redobrada com a questão da
dependência, das contraindicações e das interações medicamentosas. "Além
disso, a ingestão concomitante com álcool resulta em sedação profunda,
depressão respiratória, coma e até morte”, alerta Taís.
A
professora acrescenta que os medicamentos benzodiazepínicos dão uma falsa
percepção de segurança. Isso porque, para causarem uma intoxicação grave, é
necessário engolir muitos comprimidos. Mas os danos já começam a aparecer bem
antes disso.
Mais
uma vez, fica o recado de não consumir diazepam ou qualquer benzodiazepínico
sem prescrição médica. Não abandone o acompanhamento com o especialista e, em
caso de qualquer dúvida, converse com ele antes de tomar decisões por conta
própria envolvendo essa droga.
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